Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Cel. Vieira Neto sobre qualidade de vida e bem-estar social
Cel. Arnaldo Vieira Neto é pré-candidato pelo PRTB. É Coronel do Quadro de Oficiais Combatentes da PMDF. Foi Chefe da Assessoria de Informática da PMDF (1994/95); sub-comandante da Companhia de Polícia Florestal (1998/99); chefe do Centro de Informação e Administração de Dados (2001); sub-diretor de Ensino (2008); comandante do 6º BPM, Batalhão Esplanada (2010); comandante do 13º BPM – Sobradinho (2011) e comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (2015). Participou de missões de paz em Angola (1997/98) e no Sudão (2005/07).
Qualidade de vida e bem-estar social são considerados fundamentais por gestores de países com progresso avançado. Eles consideram que segurança, trânsito humanizado, soluções sustentáveis e acesso à tecnologia são itens essenciais para o bem estar social. Quais são seus projetos para Petrópolis em qualidade de vida?
Petrópolis possui um dos melhores IDH do Estado do Rio, mas as deficiências na infraestrutura fazem com que nem todos possam acessar os serviços públicos, ou quando o fazem, não conseguem com a mesma qualidade em todos as comunidades. É preciso aproximar a prefeitura do cidadão. Estudar as diferentes necessidades de cada local e levar de maneira integral todos os serviços e informações.
Maior PIB da região serrana e oitava economia do estado, Petrópolis tem 10 mil pessoas em situação de extrema pobreza segundo o IBGE. Em mais de 3 mil domicílios, os moradores não dispõem de renda ou então recebem apenas benefícios do governo. Pelo menos 8 mil pessoas sobrevivem com renda de R$ 250 por mês. Como a sua gestão vai tirar as pessoas desta situação?
Uma gestão competente e proativa é aquela que oferece condições suficientes para que todos os cidadãos possam ter acesso à educação e, consequentemente, ao mercado de trabalho. Trazer para a cidade escolas de ensino profissionalizante, bem como, criar um cenário de infraestrutura que viabilize a vinda de novas empresas para Petrópolis, movimentando a economia local e gerando novos empregos.
Não se pode falar em qualidade de vida e bem-estar social quando há famílias em áreas de risco e Petrópolis é destaque no país com 234 locais propensos a desastres em função das chuvas. São 72 mil pessoas, cerca de 25% da população, vivendo em áreas de risco. Qual será a política habitacional da sua gestão?
Infelizmente, mudar a situação dessas pessoas será um projeto de médio a longo prazo, porque, até hoje, não houve preocupação em dar qualidade de moradia, tirando essas pessoas das áreas de maior risco. É necessário que essas áreas sejam devidamente mapeadas e a fiscalização seja mais eficaz, evitando que novas construções sejam feitas. As verbas que por ventura forem recebidas do Governo Federal serão efetivamente utillizadas para amenizar as consequências de eventuais catástrofes.
A população de rua em Petrópolis é de cerca de 140 pessoas. Os moradores de rua não estão apenas no Centro histórico, mas também nos bairros. Acolhimento, alimentação e até mesmo atendimento em saúde são oferecidos a essa população. No entanto, a maioria faz uso de drogas, apresenta deficiência mental ou tem falta de capacidade para o trabalho. Qual a sua proposta para reinseri-los na sociedade?
Há um entrave legal que impede que essas pessoas de rua sejam levadas para os abrigos, sem que seja da vontade de delas. Levar alimentação e cobertores para a rua ameniza o sofrimento, mas não dá dignidade e nem resolve o problema. O cadastramento dessa população, contato com as famílias e um trabalho social, multidisciplinar com assistentes sociais, profissionais da saúde, e entidades religiosas da cidade, são uma primeira etapa para a recuperação da qualidade de vida dessas pessoas.
Ouça a entrevista completa em podcast: