• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Cel. Vieira Neto sobre mobilidade urbana

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  • 09/08/2020 08:00

    Cel. Arnaldo Vieira Neto é pré-candidato pelo PRTB. É Coronel do Quadro de Oficiais Combatentes da PMDF. Foi Chefe da Assessoria de Informática da PMDF (1994/95); sub-comandante da Companhia de Polícia Florestal (1998/99); chefe do Centro de Informação e Administração de Dados (2001); sub-diretor de Ensino (2008); comandante do 6º BPM, Batalhão Esplanada (2010); comandante do 13º BPM – Sobradinho (2011) e comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (2015). Participou de missões de paz em Angola (1997/98) e no Sudão (2005/07)

    As últimas obras estruturais, que interferiram diretamente na mobilidade urbana foram a duplicação da Barão do Rio Branco e da Rua Bingen, na década de 70. Desde então, Petrópolis não teve avanço na sua estrutura viária.  Como sua gestão vai tratar a mobilidade urbana?

    A mobilidade urbana por sua complexidade depende de um estudo detalhado de trafegabilidade, onde todo o fluxo de tráfego tem que ser medido e analisado, para que se tenha um diagnóstico preciso e apurado, sendo então avaliadas as soluções pertinentes para as melhorias desejadas. Todas as intervenções pontuais adotadas não surtiram o efeito necessário, e muitas delas, pelo contrário, agravaram o trânsito de veículos nos referidos locais.

    Petrópolis tem hoje um Plano de Mobilidade Urbana, o primeiro da cidade e que dá as diretrizes para o setor até 2029.  Qual será sua prioridade na execução do plano de mobilidade? A ausência de melhorias na BR-040, principalmente, a falta nova pista, pode interferir na execução do plano de mobilidade? Como será tratada a questão do estacionamento rotativo e ciclovias?

    O atual plano de mobilidade urbana será reavaliado segundo os estudos de trafegabilidade. A questão da BR-040 não interfere diretamente na mobilidade urbana da nossa cidade, pois esta rodovia não corta a cidade. O modelo de estacionamento rotativo não atende às necessidades do município, dos moradores e muito menos dos turistas, sendo prioridade a sua revisão imediata. A ciclovia atual se encontra em uma área totalmente indevida, colocando em risco os ciclistas, devendo ser revista.

    As empresas ônibus da cidade reclamam de queda de passageiros, que seria um dos motivos para o preço atual da tarifa. Por outro lado os usuários reclamam de ônibus cheios, filas e poucos  horários. Existe a concorrência do transporte por aplicativo e o fato dos moradores estarem  usando mais carros e motos, o que aumenta os gargalos no trânsito. Como equilibrar este cenário e melhorar o trânsito na cidade?

    A qualidade dos serviços de transporte público é essencial como atrativo ao uso do mesmo pela população. É necessário uma reavaliação dos serviços, com a participação de representante das empresas, para que a prefeitura chegue a um denominador comum entre preços e serviços prestados pelas mesmas. Os itinerários e horários devem ser revistos, bem como as planilhas de custos das empresas devem ser analisados.

    A mobilidade urbana requer a conservação e modernização das vias da cidade. Nos distritos, há duas situações:  escoamento de produção rural em ruas  ainda de terra batida e engarrafamentos nas áreas urbanas por conta dos veranistas e turistas.  Em toda a cidade, de uma forma geral, há cobranças por pavimentação. Como investir em pavimentação e, principalmente, fazer a manutenção das vias com os recursos de orçamento da prefeitura?

    Sem uma reestruturação da máquina pública não haverá recursos suficientes para o exercício de 2021 em quaisquer que sejam as áreas. A situação atual da malha viária da nossa cidade é reflexo das péssimas administrações e o descaso com as políticas públicas, e somente será corrigida com uma política austera e visando os resultados objetivos em favor da população, sem demagogias ou promessas vazias. Ruas e estradas precárias afugentam investimentos e turismo em nossa cidade.

    Ouça a entrevista completa em podcast: 

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