Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Bernardo Rossi sobre Cultura e Turismo
Bernardo Rossi, petropolitano, é o atual prefeito. É pré-candidato pelo PL. Tem 40 anos, casado e pai de dois filhos. Formado em Direito pela UCP, foi vereador por dois mandatos, 2004 e 2008. Em 2010, foi eleito deputado estadual e, em 2014, reeleito com 56.806 votos, o mais votado na história da cidade. Foi Secretário de Estado de Habitação e ocupou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, atuando como vice-corregedor. Apresentou mais de 250 projetos e indicações com foco no Desenvolvimento Econômico, Habitação e Programas Sociais.
Em Petrópolis as áreas de Cultura e Turismo andaram de mãos dadas durante muitos anos. Evidentemente, elas estão interligadas, mas ao mesmo tempo são independentes em gestão, objetivos e resultados. Isso trouxe atraso para os dois setores? Como avançar nos dois segmentos?
Em nossa gestão, desmembramos as áreas e criamos a Turispetro e o IMCE, o que fez com que os dois segmentos ganhassem uma gestão mais direcionada e independente. Petrópolis alcançou o topo, com a classificação A no Mapa do Turismo Nacional, se tornando uma referência para o país e sendo a única cidade brasileira na lista dos 25 destinos turísticos melhor avaliados pelo Trip Advisor. Na cultura, valorizamos o artista petropolitano, uma das prioridades do IMCE, com a contratação de artistas, bandas, produtores locais.
O calendário anual de eventos é bem direcionado a atrair turistas, ainda que as atrações também tenham a participação de moradores. O petropolitano, no entanto, cobra mais ações voltadas para a Cultura de forma permanente e não apenas nos chamados “grandes eventos”. Como sua gestão vai lidar com a Cultura?
Os editais de seleção de projetos do IMCE estão entre as principais ferramentas para democratizar e aumentar a oferta de projetos culturais de todos os segmentos espalhados por nossa cidade. Desde 2017, já foram 43 projetos de pequeno e médio porte custeados. Nosso objetivo é continuar investindo no artista local, valorizando os nossos profissionais e também atrair o público petropolitano para os eventos. A nossa proposta é preencher cada vez mais os espaços do Centro de Cultura com projetos para toda a população.
Os grandes eventos na cidade movimentariam cerca de R$ 400 milhões por ano. Comércio e trade turístico seriam os maiores beneficiados. Como fazer com que os grandes eventos aumentem a renda e valorizem as pessoas que vivem do trabalho artístico? Como fazer com que a ascensão do turismo na cidade movimente outras cadeias produtivas?
A participação das empresas e produtores locais nos grandes eventos é uma forma de valorizar os produtos de Petrópolis e aumentar a renda dessas pessoas. Em todas as festas e eventos, bandas, cantores, atores, produtores, ou seja, todos que dependem do trabalho artístico na nossa cidade são prioridade. Atualmente, 95% dos nossos eventos são compostos por atrações locais e a proposta é continuar ampliando a contratação deles. Através de apoios da prefeitura, a presença do artista acontece também em eventos privados.
A cultura e o turismo foram duramente afetados pela pandemia da Covid-19 em 2020. Qual o projeto de sua gestão para fomentar estes setores nos próximos quatro anos?”.
Com a pandemia, adotamos medidas duras com o objetivo de salvar a vida dos petropolitanos, como proibir eventos e o funcionamento dos atrativos turísticos. Já temos um plano de retomada econômica onde o turismo é um dos principais pilares. Além do tradicional, histórico e cultural, pretendemos investir em outras formas de atrair os visitantes, como o turismo de negócios, para convenções anuais e formaturas. Outro foco é aumentar o tempo de permanência do visitante aqui, fazer com que ele aproveite mais atrativos da cidade.
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