• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Bernardo Rossi sobre administração pública

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  • 02/08/2020 08:00

    Bernardo Rossi, petropolitano, é o atual prefeito. É pré-candidato pelo PL. Tem 40 anos, casado e pai de dois filhos. Formado Direito pela UCP, foi vereador por dois mandatos, 2004 e 2008. Em 2010, foi eleito deputado estadual e, em 2014, reeleito com 56.806 votos, o mais votado na história da cidade. Foi Secretário de Estado de Habitação e ocupou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, atuando como vice-corregedor. Apresentou mais de 250 projetos e indicações com foco no Desenvolvimento Econômico, Habitação e Programas Sociais.

    De um lado o cidadão que reclama de atendimento ruim nos serviços públicos e, de outro, servidores insatisfeitos com condições de trabalho e salários. A máquina pública se mostra pesada, lenta e com ferramentas obsoletas.  O desafio é otimizar a administração, reduzir gastos e aumentar a produtividade para executar políticas públicas. Como fazer isso com o efetivo de pessoal e ferramentas que existem hoje na prefeitura?

    De fato, esse era o quadro em 2017. Por isso, investimos em modernização da prefeitura: implantamos o Sistema Integrado de Gestão Administrativa, o Ciop e um sistema para a análise de projetos de grandes obras. Também valorizamos o servidor, com R$ 204,4 milhões em dívidas pagas e benefícios concedidos. E isso nos deixa prontos para agir rápido na hora da crise, como na pandemia do coronavírus. Graças à atuação rápida e à cada servidor, controlamos a Covid-19. Agradeço a cada funcionário pelo empenho e dedicação ao nosso povo.

    Os servidores municipais tiveram nos últimos anos apenas um reajuste salarial de 4,3%.  São 9 mil servidores e mais 3 mil aposentados e pensionistas. A prefeitura é a maior empregadora da cidade. Como valorizar o servidor e cobrar melhor desempenho  para atender ao cidadão?

    O maior desafio no início da gestão era manter a folha em dia e os serviços funcionando diante de uma dívida de R$ 766 milhões. E conseguimos, fazendo uma gestão correta e eficiente. Nós valorizamos o servidor em todo governo, descongelando triênios, quinquênios, enquadramentos, regularizamos férias, concedemos quase mil licenças-prêmio, estamos avançando com PCCS da Comdep, fizemos a promovação automática da Guarda, trocamos uniformes de Guarda, Comdep e CPTrans. E ainda podemos fazer muito mais pelo servidor.

    Sendo eleito, como será a condução das despesas de pessoal em seu governo. Hoje a prefeitura gasta cerca de 51% de sua receita com pagamento dos servidores e ainda precisa solucionar contratações feitas por RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) em várias secretarias, em especial, Saúde e Educação.

    Vamos fazer o concurso já planejado e que só não foi realizado em março por causa da pandemia. Mas lembro que chamamos 375 aprovados só na Saúde e na Educação, metade disso são professores. Também chamamos concursados de mais 17 áreas, como fiscais, que ajudam na garantia das medidas contra o coronavírus, e equiparamos o salário deles. Por outro lado, lembro que fizemos no primeiro ano de governo uma ampla reforma administrativa, cortando 278 cargos comissionados, economia de quase R$ 10 milhões em quatro anos.

    Na administração pública, os cargos de chefia, são ocupados por indicações do prefeito. Nem sempre são escolhidas pessoas tecnicamente preparadas para conduzir as pastas.  Como será escolhida a sua equipe de governo? O apoio político vai significar ocupação de espaços importantes em secretarias da sua gestão?

    A administração pública precisa de quem sabe de fazer gestão pública, assim como também é importante quem entende de cada área de atuação. Temos à frente das secretarias de Saúde e de Educação duas servidoras de carreira. Mas também buscamos na sociedade um quadro qualificado para ajudar no Desenvolvimento Econômico e na reestruturação econômica da cidade no pós-pandemia. Fundamental é o bom trabalho. Vamos manter o critério de buscar quadros qualificados não só na técnica, mas também em gestão pública.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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