• Eleições 2020: Tribuna entrevista a pré-candidata a prefeita Lívia Miranda sobre planejamento

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  • 30/08/2020 10:00

    Lívia Miranda é pré-candidata pelo PCdoB. É professora na rede municipal com dedicação a inclusão de estudantes com deficiência. Também é Mestranda em Educação na UFF. Defensora de uma educação pública inclusiva, democrática e de qualidade para todas e todos. Além disso, está presente na batalha sindical da educação pelos direitos dos trabalhadores (as), militante de movimentos sociais pelos direitos das mulheres, da população LGBTIA+, na luta antirracista e pela participação de mulheres e pessoas comuns como protagonistas na política.

    Para governar uma cidade que vem acumulando problemas, boa parte deles por falta de planejamento urbano, como sua gestão pretende atuar em relação ao Plano Diretor? E Qual será a prioridade na formação de equipe técnica para o planejamento da cidade?

    O plano diretor é um instrumento que orienta o desenvolvimento sustentável da cidade. Portanto, a formação de equipe técnica deve atender ao cumprimento desse plano para que tenhamos uma gestão com participação popular, com garantia de desenvolvimento que vincule a qualidade de vida da população, justiça social e sustentabilidade ambiental. É importante ter noção do quanto a atual gestão é elitista, ou seja, atende aos interesses de uma pequena elite petropolitana, de grandes proprietários de imóveis e de grandes empresas.

    Petrópolis é uma cidade que precisa ser preservada, sobretudo, por sua importância histórica para o país.  Como o planejamento, na sua gestão, vai atuar aliando o desenvolvimento econômico à preservação?

    O planejamento deve estar interligado com todas as secretarias para que as ações não estejam descontinuadas e para que o desenvolvimento seja sustentável. Embora Petrópolis seja uma cidade histórica, vive os problemas da contemporaneidade, como a falta de saneamento básico e de segurança. Para enfrentar isso é fundamental envolver pessoas comuns na solução das questões, implantar o orçamento participativo e criar conselhos comunitários. As palavras-chave são: sustentabilidade, transparência e participação popular.

    Não basta atrair empresas e construções para fazer a economia girar em uma cidade. E Petrópolis tem topografia e adensamento urbano que são um desafio. E prefeitura deve atuar dando a infraestrutura necessária para novos empreendimentos. Como a sua gestão vai agir neste sentido?

    A prefeitura deve ser um vetor de desenvolvimento. Para além de atrair empresas, a prefeitura tem a função de desenvolver o potencial local para solucionar os problemas da cidade. Nós temos potencial tecnológico, educacional, cultural, turístico entre outros, porém, nesta gestão, a cidade foi abandonada, o que agravou a crise vivida pelas pessoas. Nosso Programa Emprego na Comunidade visa valorizar cultura local, gerar emprego, distribuir renda, desenvolver sustentavelmente as comunidades e os distritos. 

    O planejamento é apenas o pontapé inicial.  E ele dá as diretrizes não apenas para a iniciativa privada, mas também para o poder público. Além de implementar o que foi planejado é preciso fiscalizar.  Petrópolis tem uma deficiência história em fiscalização por falta de recursos humanos e instrumentos. Como sua gestão vai mudar isso? 

    É evidente a necessidade de realização de concurso público para todos os setores da prefeitura, mas além disso é possível afirmar que não é só falta de recursos e, sim, falta de vontade política de fiscalizar. Nós do Movimento Comuns entendemos que a política deve ser participativa, transparente e envolver a população no controle social. Por isso, defendemos a criação de conselhos comunitários, ampliação da participação da sociedade civil em todos os conselhos municipais e audiências públicas com ampla divulgação na mídia.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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