• Eleições 2020: Tribuna entrevista a pré-candidata a prefeita Lívia Miranda sobre desemprego

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 26/07/2020 08:00

    Lívia Miranda é pré-candidata pelo PCdoB. É professora na rede municipal com dedicação a inclusão de estudantes com deficiência. Também é Mestranda em Educação na UFF. Defensora de uma educação pública inclusiva, democrática e de qualidade para todas e todos. Além disso, está presente na batalha sindical da educação pelos direitos dos trabalhadores (as), militante de movimentos sociais pelos direitos das mulheres, da população LGBTIA+, na luta antirracista e pela participação de mulheres e pessoas comuns como protagonistas na política.

    1- Quais os acertos e erros do governo municipal nos últimos anos na geração de emprego e renda em nossa cidade?

    Os erros são evidentes tanto no setor público como na articulação com o setor privado. Essa gestão é incapaz de organizar as cadeias produtivas importantes para a cidade, assim como atrair setores empregatícios de ramos diversos, superando o setor de serviços. Vale lembrar também o quanto esta gestão desconsidera o servidor público desde a remuneração até o não atendimento dos direitos trabalhistas. Os possíveis acertos levantam dúvidas na sua eficácia, por exemplo, no turismo, um dos grandes afetados pela pandemia.

    2- Ainda dentro do tema desemprego, sendo eleito, quais serão as suas primeiras ações ao assumir a administração pública com o objetivo de gerar emprego e renda em Petrópolis?

    As ações devem ser articuladas entre as secretarias e diversos setores sociais e econômicos, de modo a reorganizar as cadeias produtivas da cidade e promover o primeiro emprego. Por exemplo, facilitar ao setor têxtil a produção descentralizada de EPI empregando trabalhadores e trabalhadoras das facções e confecções. Mas também garantir renda básica para famílias em vulnerabilidade, trabalhadores da cultura, turismo e serviços com incentivo ao consumo da produção local e dos pequenos produtores agrícolas. 

    3- No âmbito municipal (sem contar os esforços do estado e união) quais deveriam ser as ações para acolher e proteger as empresas durante a pandemia?

    Só é possível proteger empresas preservando empregos. Dada a incompetência do governo federal e a falta de projetos de proteção a MEIs, micro e pequenos empresários, a prefeitura pode estabelecer convênios com as instituições financeiras para linhas de crédito com juros baixos e maior prazo para início da quitação, a fim de fomentar novos empreendimentos e para que as empresas se organizem. Em contrapartida, a manutenção dos empregos com vinculação de compra de material e insumos de produção local.

    4- A pandemia do coronavírus coloca em evidência o problema do desemprego em Petrópolis com mais de 5 mil demissões em apenas dois meses. Por quanto tempo você acredita que haverá consequências na economia da cidade? E como retomar o crescimento?  

    Seguindo no atual modelo de gestão, as consequências perdurarão por muito tempo para os mais pobres e para os trabalhadores precarizados. Para os mais ricos, as consequências serão superadas em breve. Lembrando que a única perda irrecuperável é a vida. Assim, o desenvolvimento econômico só será possível com o envolvimento de pessoas comuns e de modo coletivo. Com fomento à produção local e tudo que temos capacidade de produzir, desde o artesanato, passando pelos produtos alimentícios, até os da alta tecnologia. 

    Ouça aqui a entrevista em podcast:

    Últimas