• Efetivo militar no Rio para os Jogos Olímpicos aumenta de 18 mil para 21 mil

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  • 06/07/2016 17:26

    A pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, as Forças Armadas assumirão mais áreas no policiamento ostensivo da cidade durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O novo planejamento elevou o total de militares que atuarão na cidade de 18 mil para cerca de 21 mil, informaram em coletiva de imprensa os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Alexandre de Moraes.

    Os militares atuarão em estações ferroviárias próximas ao Maracanã e ao Complexo Esportivo de Deodoro, em vias expressas como a Linha Vermelha, a Avenida Brasil e a Transolímpica, e no entorno dos aeroportos. Além disso, os militares estarão disponíveis como força de contingência, na segurança de autoridades e atletas, na proteção de estruturas estratégicas de funcionamento da cidade e no combate ao terrorismo.

    "Vamos aliviar os órgãos de segurança pública para atuarem no dia a dia do Rio", disse o Coordenador Geral de Defesa de Área (CGDA), general Fernando Azevedo.

    As bases militares temporárias construídas para os jogos ficarão em áreas próximas às arenas olímpicas. A maior parte do contingente estará na área de Copacabana, que reúne locais como a Marina da Glória e a Lagoa Rodrigo de Freitas, com cerca de 5,7 mil homens das forças armadas. Em Deodoro, outros 4,7 mil; na Barra, 2,4 mil; e no Maracanã, 1,7 mil. As cidades que receberão os jogos de futebol vão contar com mais 20 mil militares.


    Atentado

    Entre os dias 15 e 21 deste mês, haverá um ensaio geral das forças de segurança que atuarão nos jogos e, a partir do dia 24, a operação terá início, na data de abertura da Vila dos Atletas. Ao todo, 6 mil militares que atuarão nos jogos já estão no Rio de Janeiro.

    O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a solicitação do governo do estado do Rio deve exigir um novo decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que autoriza as forças armadas a agirem nos estados: "Vamos trazer segurança, tranquilidade, visibilidade e, particularmente, atentder a todos os pré-requisitos que o Comitê Olímpico Internacional nos delegou realizar".

    Jungmann também informou que o Brasil está em contato com agências de inteligência de mais de 90 países e que tem condições de identificar suspeitos que tentem entrar no país para cometer atentados terrotistas ou outros crimes. "Nenhuma dessas agência nos passou informe de ameaças", disse o ministro que também afirmou que a Aeronáutica está autorizada a derrubar aeronaves que entrem no perímetro de segurança de 5 milhas de distância das instalações olímpicas.

    O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, voltou a dizer que não há probabilidade de ocorrer um atentado terrorista no Brasil durante os jogos, e afirmou que essa é uma avaliação compartilhada com agências de inteligência internacionais.

    "Não temos nenhuma probabilidade de atentado terrorista em território nacional. No mundo todo, temos uma sequência de atos terroristas, então, a possibilidade existe no mundo todo. Mas não há a probabilidade aferida a partir de elementos concretos", disse ele, acrescentando que não há informações de que haja infiltração de terroristas no país.


    Salário atrasado

    Moraes afirmou que os R$ 2,9 bilhões repassados pelo governo federal para o governo do estado já permitiram quitar dívidas com horas extras e salários dos policiais civis e militares. "Temos agora normalidade nas polícias".

    O ministro avaliou que esses atrasos levaram a uma redução do efetivo policial no estado nos últimos meses, já que os agentes pararam de fazer horas extras. A mudança na escala se refletiu em menos ações policiais e aumento dos índices de violência, o que ele acredita que será revertido a partir da regularização dos pagamentos.

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