• Disque Denúncia lança campanha para combater compra e venda de produtos contrabandeados

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  • 08/08/2019 12:54

    “Contrabando é crime e aumenta a violência que atinge você.” Com o objetivo de dar mais visibilidade a este tema, conscientizando cariocas e fluminenses sobre a relação entre o contrabando, geralmente controlado pelo crime organizado, e o aumento da violência que atinge a população, o Disque Denúncia (2253 1177) lança, nesta quarta-feira (07) a campanha “Outdoors da Violência”.

    Nos últimos três anos, a instituição registrou um número relevante de informações sobre contrabando e falsificação de produtos, e, através da campanha, o Disque Denúncia do Rio de Janeiro disponibiliza a sua central de atendimento para que a população denuncie pontos de vendas de produtos ilegais, depósitos e fábricas clandestinas.

    De acordo com a Receita Federal, entre os produtos ilegais mais apreendidos no estado do Rio de Janeiro, no ano de 2018, estão o cigarro (29,7 milhões de unidades), vestuário (6,1 milhões de unidades) e eletrônicos (1,8 milhão de unidades). Segundo o Ibope, considerando apenas o cigarro, o estado deixa de arrecadar R$ 373 milhões em impostos – e o mercado ilegal movimenta R$ 966 milhões. Com um maior número de informações recebidas, o Disque Denúncia conseguirá fornecer melhores dados à polícia, combatendo de forma mais eficaz o crime de contrabando.

    Contrabando no Brasil e no Rio de Janeiro

    O Disque Denúncia do Rio de Janeiro registrou, nos últimos três anos, aproximadamente 3500 informações sobre falsificação e contrabando de produtos em geral. Neste período, 1132 denúncias cadastradas versavam sobre os crimes de receptação, roubo, armazenamento, contrabando e falsificação de cigarros, sendo esse um dos principais produtos contrabandeados e falsificados, seguidos por roupas, calçados e artigos de vestuário, bem como produtos de informática, medicamentos e acessórios médicos. Vale recordar que até bem pouco tempo, os cd´s e dvd´s lideravam essas estatísticas, mas com os avanços tecnológicos da internet, tais produtos perderam espaço.

    No Brasil, 57% dos cigarros consumidos são ilegais segundo pesquisa do Ibope, ou seja, são vendidos abaixo do preço mínimo de R$ 5,00 definido por lei, não possuem registro nem se submetem às normas da Anvisa, não pagam impostos e financiam o crime organizado. No Estado do Rio de Janeiro, a marca mais vendida de forma ilegal é a paraguaia Gift, com 37% de participação de mercado, à frente de todas as marcas produzidas legalmente no Brasil. De acordo com estimativas da indústria, 79% do aumento do mercado ilegal de cigarros, concentraram-se em 10 municípios: Rio de Janeiro, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Niterói, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, São João do Meriti, Itaboraí e Macaé.

    De 2015 a 2018, o mercado ilegal deste produto no Estado do Rio cresceu 125% em volume, atingindo 5,1 bilhões de unidades de cigarros, e 24 pontos percentuais em participação de mercado. E não são apenas ambulantes que vendem o produto: 78% do volume de cigarros ilegais são vendidos no varejo, principalmente em bares (51%), padarias (12%) e mercados/mercearias (7%).

    A campanha

    Todo mundo sabe que a violência não para de fazer vítimas no Rio de Janeiro. Mas pouca gente pensa que o contrabando está diretamente ligado a homicídios, balas perdidas e outras ocorrências. O comércio ilegal é uma das principais fontes de lucro do crime organizado, portanto, o consumo de produtos contrabandeados patrocina a violência.

    Com o objetivo de mostrar aos cariocas que cada centavo gasto no contrabando pode virar bala em armas clandestinas, o Disque Denúncia, em parceria com a Agência3, criou outdoors com uma mensagem direta. Contrabando é crime. E aumenta a violência que atinge você. Para deixar a ideia ainda mais clara e ampliar o impacto visual da peça, a palavra “você” foi escrita em um estande de tiro com disparos reais.

    Além dos outdoors, a campanha conta com spots para rádio e peças digitais. Tudo para conscientizar a sociedade sobre o tema e evidenciar uma triste verdade: quem compra produtos contrabandeados pode acabar pagando com a vida.

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