• Diretórios estudantis negam ofensas em trote de Medicina em Petrópolis

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 11/04/2017 08:50

    A polêmica provocada por músicas cantadas por calouros e veteranos, durante o trote realizado na última sexta-feira, no Centro, teve desdobramentos, ontem. A presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren), Maria Antonieta Tyrrel, compareceu a uma reunião realizada na Faculdade de Medicina (FMP), para cobrar um posicionamento da instituição e o Diretório Acadêmico Sá Earp (Dase) a respeito de um hino cantado pelos estudantes, com termos ofensivos aos profissionais de Enfermaria e à UCP. A polêmica  começou na própria sexta-feira, com manifestações de repúdio nas redes sociais. Testemunhas afirmam que participantes do trote cantaram versões de um hino, ofendendo enfermeiros e a Universidade Católica de Petrópolis.

    Em nota, a comissão 2021, responsável pela organização do evento, argumentou que a música tradicional faz parte de uma rivalidade esportiva entre a UCP e a FMP, que nada tem a ver com a classe dos enfermeiros. A nota afirma ainda que após o Dase e o Centro Acadêmicos Izabel Romero (Enfermagem) “elucidarem e apresentarem as demandas dos seus alunos, foi constatado que não há provas de que, durante todo o percurso do evento de duas horas de duração, houve ou não algum tipo de ofensa proferida diretamente a classe da enfermagem”. 

    “Estamos aguardando a nota oficial que ficou acordada de ser emitida tanto pela FMP/Fase, como pelo Dase. Mas a expectativa é que um pedido público de desculpas seja feito. Apuramos vídeos, acompanhamos as notas oficiais dos envolvidos no caso, mas não conseguimos comprovar com total certeza de que de fato houve desrespeito quanto aos enfermeiros. De qualquer forma, vamos levar essa questão até o Conselho Nacional de Medicina para ver o que será feito diante do ponto de vista do Cremerj e do Coren. A intenção é preservar a parceria entre todas as profissões que atuam na área da saúde, e zelar pelo atendimento integrado a população e jamais fragmentar a parceria que deve existir entre as profissões”, afirmou Maria Antonieta Tyrrel.

    Em nota o Dase e o Centro Acadêmicos Izabel Romero (Enfermagem), informaram também que “ficou acordada a necessidade da restauração da pacificidade entre os acadêmicos de medicina e enfermagem, visto que os alunos de ambos os cursos trabalham em conjunto em prol da sociedade no atendimento multiprofissional de saúde”. Apesar de a comissão 2021, responsável pela organização do evento, afirmar que a música tradicional faz parte apenas de uma rivalidade esportiva e que nada tem a ver com a classe dos enfermeiros, petropolitanos que trabalham próximo à nova agência do Bradesco em frente à Praça Dom Pedro afirmam que os profissionais de enfermagem também foram citados no hino.

    “Estava o tempo todo ao lado do grupo. A maioria de fato cantou uma música falando da UCP, mas em determinado momento uma minoria que estava junto com este grupo falou sim da enfermagem. Coloquei inclusive a minha opinião negativa na minha página do facebook quanto a este episódio. Acho feio e desnecessário que esse tipo de postura seja adotada em uma “comemoração”. Acho sim que os responsáveis deveriam assumir o erro e se desculpar. Mas, não devemos generalizar, porque essa postura foi adotada pela minoria”, disse um taxista que preferiu não se identificar.

    A Direção da Faculdade de Medicina de Petrópolis informou em nota que tão logo tomou conhecimento dos fatos que sugerem uma postura inadequada durante a passeata do trote dos alunos de Medicina na última sexta-feira, convocou uma reunião com os coordenadores dos cursos de graduação e com os representantes dos Diretórios Acadêmicos de Enfermagem e Medicina para refletirem sobre a repercussão do trote de Medicina. 

    Últimas