• Dia nacional de combate ao aedes tem ações em todo país

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  • 02/12/2016 16:08

    O governo federal intensifica a atuação contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, nesta sexta-feira (2), com diversas ações em todo o país. O presidente da República, Michel Temer, visitou a Sala Nacional de Coordenação e Controle, que atua no monitoramento do combate ao Aedes aegypti. Na ocasião, o presidente participou de videoconferência com as salas Estaduais de Roraima, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Goiás e Rio de Janeiro. A ação faz parte do Dia Nacional de Combate ao Mosquito, que acontece em todo o Brasil, com atividades integradas e simultâneas, desenvolvidas em articulação com prefeituras, governos estaduais e população.

    “O Brasil está mobilizado para evitar os malefícios que o mosquito causa à saúde das pessoas. Aproveito a oportunidade para fazer uma solicitação a todos os brasileiros para integrar-se nesta campanha importante, que não tem grandes dificuldades. Basta que cada criança na escola, cada adulto no seu ambiente de trabalho ou residência verifique se não há água empoçada, que é fator gerador de larva e consequentemente do mosquito”, ressaltou o presidente da República, Michel Temer.

    Ministros de Estado e autoridades do Governo Federal visitam, nesta sexta-feira (2), as diferentes capitais do País com a missão de conscientizar a população sobre a importância do engajamento de todos na luta contra o Aedes aegypti. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou de ações da campanha no Paraná. A agenda começou em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, e seguiu para Curitiba, onde o ele visitou residências e uma escola estadual. Por fim, o Ministro da Saúde entregou sete veículos para auxiliar nas atividades de combate ao mosquito. Ao todo, foram investidos R$ 8,1 milhões para aquisição de 150 carros, que serão distribuídos a todos os estados do país.

    “Temos um grande problema de saúde nacional que precisa ser resolvido e, só com o apoio de cada brasileiro, de cada cidadão, que vamos conseguir reduzir a proliferação do mosquito, eliminar os focos de criadouros e, com isso, poderemos avançar, melhorando a saúde pública do Brasil”, destacou o ministro reforçando a importância da mobilização nas sextas-feiras. “Queremos fazer, todas as sextas-feiras, uma grande mobilização, onde as escolas, as empresas, motivarão os alunos, os funcionários a procurar os focos do mosquito. Com esta mobilização, esperamos diminuir a quantidade de mosquitos e, assim, diminuir também a infecção nas pessoas”, concluiu o ministro.

    Em Brasília, o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, participou de solenidade na Biblioteca Nacional para entrega de dois carros ao Governo do Distrito Federal. Paralelamente, também ocorreram ações no Ministério da Saúde para reforçar a importância de que cada um faça sua parte no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. Secretários, diretores e coordenadores da pasta também se uniram às atividades e fizeram vistoria interna e externa dos locais de trabalho.

    O secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante, destacou que a entrega dos veículos é mais um dos incentivos da pasta para auxiliar os estados e municípios no enfrentamento ao mosquito. “Estes carros vão facilitar o trabalho dos gestores locais na mobilidade das equipes de combate ao vetor e intensificação das ações. É importante ressaltar que o nosso compromisso, no dia de hoje, é de mobilizar ainda mais a população, por isso todos os entes públicos estão nas ruas, nos estados, nos municípios, mostrando que o combate ao vetor é a melhor forma de evitar as doenças”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.

    Em todo o país, as visitas aos imóveis contarão com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 60,4 mil agentes de controle de endemias, bem como com o apoio de 6 mil militares das Forças Armadas. Somente nesta sexta-feira (2), para o mutirão nacional contra o mosquito, o efetivo dos militares será de 80 mil oficiais.

    SEXTA SEM MOSQUITO – O mutirão será realizado em órgãos públicos e estatais, unidades de saúde, escolas, residências, canteiros de obras e outros locais, marcando a intensificação das ações de combate e, consequentemente, impedindo a proliferação do mosquito. A ideia é que, a partir do Dia de Mobilização, todas as sextas-feiras sejam dedicadas para verificação de possíveis focos, incentivando todos os segmentos da sociedade a fazer a sua parte. Essa campanha traz como foco “Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de combate”.

    Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e a associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de 2015, o governo federal tem tratado o tema como prioridade. Por isso, no final do ano passado, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de 27 Salas Estaduais e cerca de 1,9 mil Salas Municipais, com o objetivo de gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos integrantes de nove pastas federais.

    Cabe a esse grupo definir diretrizes para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes, coordenar as ações dos órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos, equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais, distritais, municipais e entes privados envolvidos.

    CAMPANHA – A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que  será veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.

    DADOS – O Brasil registrou, até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).

    No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados. No mesmo período, no ano passado, eram 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados. Ao todo, 138 óbitos registrados pela doença, nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1).

    Em relação ao vírus Zika, foram 208.867 casos prováveis, até o dia 22 de outubro, o que representa uma taxa de incidência de 102,2 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, três óbitos por vírus Zika.  Em relação às gestantes, foram registrados 16.696 casos prováveis em todo o país.

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