• Dia Mundial da Saúde Mental

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  • 13/10/2016 12:00

    O Dia Mundial da Saúde Mental, 10 de outubro, foi criado em 1992, pela OMS     (Organização Mundial de Saúde), com o propósito de mudar a forma com que as pessoas veem e lidam com os doentes mentais em todo o mundo. De acordo com estudos e relatórios da OMS, em 2001, havia 450 milhões de pessoas com transtornos mentais, psicológicos, neurológicos ou outros tipos de problemas relacionados com o uso de álcool e drogas. Hoje, são 700 milhões, do qual, a maior parte sofre de ansiedade. Ainda de acordo com a OMS, o Brasil aparece entre os três primeiros da lista, na qual, a região metropolitana de São Paulo, possui a maior incidência de perturbações mentais do mundo. 33% dos paulistanos sofrem de algum tipo de perturbação mental. Entre os problemas mais frequentes apontados tem-se: ansiedade, mudanças comportamentais e abuso de substâncias químicas.

    A OMS define a “saúde” não somente como a ausência de enfermidades, mas como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Já quanto a “saúde mental”, a OMS assegura que não existe nenhuma definição oficial, porém, sugere pensar a “saúde mental” como o bem-estar, à qualidade de vida, à capacidade de amar, trabalhar e de se relacionar. A Saúde em sua totalidade, em tese, é um direito de todos, que deve ser assegurada independentemente de raça, religião, ideologia política ou condição socioeconômica. Paradoxalmente, pesquisas revelam que, apesar dos enormes avanços da ciência nessa esfera, apenas uma pequena minoria estão em tratamento, ou por falta de acesso ou por não reconhecer que precisa de tratamento psíquico. A esfera psíquica da saúde cresceu e continua a crescer em importância na época em que o mundo se encontra, regido por inquietudes, consumismo, imediatismo, incertezas, sobretudo no que diz respeito à vida econômica, descartabilidade, violência de todas as naturezas, inabilidade para lidar com as contrariedades e frustrações próprias da existência humana, indagações sobre os fatos da vida que levam ao cansaço, ao desgaste das energias psíquicas e ao sofrimento psíquico. 

    Dentre as várias formas de sofrimento psíquico, a que mais acomete e atormenta a população mundial é a ansiedade. A ansiedade é definida como: “grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia” e, os sintomas se apresentam tanto na esfera física – aperto no peito, tremores, dor de barriga, boca seca, tensão muscular, falta de ar, tontura, enjoo, dentre outros e, na esfera psíquica – pensamentos negativos, preocupação exagerada com a realidade, medo, sensação de que algo ruim vai acontecer, dificuldade de concentração, irritabilidade dentre outros. Dependendo do grau de ansiedade, ela inviabilizará a vida amorosa, social e profissional e, ainda, pode se constituir como um importante sintoma do pânico, das fobias e da depressão. 

    Ansiedade é considerada por especialistas como o mal dos tempos modernos, isso porque, as pessoas são inábeis diante dos limites da realidade e, diante de seus próprios limites, tais como: saber esperar, saber aceitar o outro como ele é, saber identificar a diferença entre o possível e o ideal, saber lidar com as contrariedades etc. As pessoas, via de regra, são vítimas de seu desconhecimento acerca de si mesmo, de seu imediatismo e de sua vaidade exacerbada. Assim, presas fáceis do sofrimento psíquico. Por que não começar a fazer diferente? 




     

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