• Dia da Amazônia: O que é conscientização ambiental em 2020? O que mudou?

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  • 10/09/2020 00:01

    Em um mundo extremamente acelerado, enquanto trabalhávamos para atingir todos os marcos e índices do que seria uma vida relativamente “boa”, para alguns, nossos corpos e a natureza dava sinais de que não suportaríamos. O aumento galopante de doenças mentais não só no Brasil, mas no mundo inteiro, desastres ambientes, e por fim, uma pandemia que nos forçou a parar. Um vírus novo foi o suficiente para estressar toda a delicada teia de sistemas sociais e econômicos que construímos. Diante de tantas incertezas as respostas que antes nos satisfaziam parecem não ter tanto sentido; precisamos procurar novos caminhos para esse relacionamento com a ainda chamada “mãe natureza”; mas e como passar isso para nova geração? Diante de tantos desastres ambientes em plena pandemia, será que falhamos como seres humanos em relação ao cuidado que deveríamos ter com o nosso meio? Como levar uma conscientização mais evoluída do que temos hoje para gerações futuras? 

     

    Uma série de fatores nos afasta da natureza, o que é histórico, poderíamos citar a Revolução Industrial como causa, a formação do capitalismo, mas enfim, atualmente, a própria formação das cidades nos remete a um conceito mais distante das matas, justamente por isso, precisamos falar tanto da importância da preservação ambiental. Precisamos trazer a memória os conceitos da importância em manter aquilo que não é visto, mas é sentido em diversas dimensões. Precisamos nos desprender da ideia de que devemos guardar apenas o que nos traz retorno financeiro. Quando entendemos a nossa relação como humanos na natureza não precisamos dar sentido de utilidade a tudo, precisamos respeitar o que existe em torno de nós porque somos parte do todo. Nesse sentido conscientização ambiental é uma nova forma de interpretar o mundo em que vivemos. 

     

    O primeiro passo para a conscientização acerca do meio ambiente está no respeito ao espaço do outro, ao respeito do individual e do coletivo. Quando entendemos que uma ação não afeta apenas um indivíduo, mas todo um contexto, compreendemos o que é viver em sociedade de fato. A própria pandemia é um ótimo exemplo para abordagem de como ações coletivas podem afetar o individual. Se nos atentarmos as ações das crianças vamos perceber que o que elas estão aprendendo sobre os cuidados para conter o novo corona vírus são reproduzidos com muito mais afinco do que em nós adultos, ou seja, crianças aprendem e compreendem a necessidade do cuidado coletivo com muito mais empenho. Nas ruas vemos muitas crianças utilizando as máscaras de proteção de forma mais correta do que muitos adultos. As explicações para essa afirmação são variadas, pode ser pela compreensão, pelo cuidado com o outro ou por aprenderem com mais facilidade. 

     

    Cuidar, proteger, não são virtudes, são atitudes que podemos tomar como importantes ou ignorar. Cabe a cada um decidir o ser humano que quer ser e construir-se a partir de seu próprio entendimento, tendo em vista que o que se é, contribui para o mundo que se quer construir. 

     

    SERVIÇO

    * Maria Angela Gomes é professora de História, mestranda em História Social e atua na área de educação há 04 anos com reforço escolar e educação multidisciplinar.

     

    MARIA ANGELA GOMES 

    Maria Angela é Petropolitana. Atualmente mestranda em História Social pela UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em Formação de Professores. Pós-graduada em História Militar Brasileira com um trabalho de pesquisa em escravidão no Brasil, recorrente desde a graduação na Universidade Católica de Petrópolis. É professora de História e atua na área de reforço escolar desde 2015 com trabalhos multidisciplinares com crianças

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