• Desordem e retrocesso

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  • 17/01/2018 12:10

    Os comandos de ordem espalhados pelos brasis e expostos nas logomarcas de fantasia (e fantasiosos, claro!) dos governos municipais, estaduais e o federal não têm sido felizes e nem correspondido a coisa alguma… Um dos últimos, o da folclórica e atabalhoada dama do costume vermelho, “pátria educadora”, primou pela total incoerência haja vista a cultura paquidérmica da reeleita, de atitudes nada educadas e muito menos educadoras. Foi ela a campeã das sandices, ratas, escorregadelas, em pronunciamentos de global besteirol, como em nenhum outro tempo de nossa história, mesmo nos oito anos de seu antecessor criador e mentor, mais esperto, escolado e politizado.

    Entra, agora, o lema do novo presidente, usando a inscrição de nossa bandeira: “ordem e progresso”. Que brilhante ideia de sua assessoria! Mas, um pecado mortal! Definitivamente estamos em um país sem ordem. O governo central pisa em brasas ferventes, descontrolado diante de uma equipe sem gabarito, nenhuma expressão e arrepiada até a raiz do imponderável por escândalos novos e antigos, cada membro sob vigilância de tribunais e juízes de todos os níveis. Cada indicação do presidente detona montanhas de protestos que ruem estrepitosamente na cabeça ensandecida da população. Esmagada, comprimida pela sensação de impunidade, ela é obrigada a assistir as matérias que apregoam uma felicidade geral, onde o sorriso estampado nas faces rosadas e saudáveis dos belos e belas modelos fazem inveja ao mmmuuunnndddoooo!!!

    De repente o Brasil cai no conceito financeiro, esbordoa-se na avaliação dos direitos humanos ; explode em pedaços a segurança mínima exigida pelas organizações de olho em tudo; desnuda-se completamente destroçada pela corrupção mais vil, a financeira, que rouba do povo para cabralisar a sem-vergonhice endêmica da riqueza fácil, desonesta, desumana. E fica-se comprando votos para reformas pouco confiáveis diante dos agentes que as formulam.

    – E progresso? – Cadê ele? – pergunta o cidadão brasileiro entre uma pinga e outra.

    Um entendido, cheio de palavras desconhecidas pelo povo educado na pátria educadora, diz, sereno e convicto: – O progresso é uma metáfora que nada explica, não resolve, jamais chegará porque é futuro e o futuro ainda não chegou. O cidadão ouve, não entende, acha que foi respondido e arrisca: – Tá bom. Um plim-plim ao futuro que começou porque a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem der mais, quem der mais…

    Por fim, olha ai o professor raimundo: – E o salário, ohhhh! E fica-se pensando se a escolinha criada pelo Chico Anisio, diante das figuras que a compõem, é o mais completo e fidedigno retrato do Brasil contemporâneo, nem nenhuma gozação. É? É!

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