• Desafio para a paz mundial é tema de evento islâmico da Ahmadia

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 28/04/2019 17:52

    Religiosos de diferentes cultos se reuniram neste domingo (28) na sede da Associação Ahmadia para o Islã, na estrada da Saudade, onde discutiram, em tradicional evento, os caminhos para a paz entre os povos.

    Reunidos na mesquita Baitul Awal, a festa Jalsa Salana completou sua 26ª edição com o discurso pelo fim do ódio e das guerras. O tema deste ano foi "Desafios no Estabelecimento da Paz Mundial", em que recentes eventos internacionais preocupam religiosos, sobretudo a Ahmadia, cuja essência religiosa é calcada no fim dos conflitos e por mais debates pela resolução dos problemas.

    O recente atentado terrorista acontecido no Siri Lanka e o assassinato de dezenas de muçulmanos na Nova Zelândia, ocorrido em março, não foram esquecidos no evento ecumênico. 

    Falando para uma platéia de pessoas das mais diversas orientações religiosas, o presidente da Comunidade Ahmadia no Brasil, Wasim Safar,  criticou as pessoas que usam da religião e do nome de Deus para cometer graves crimes contra a humanidade.

    "Esse atentado ocorrido no Siri Lanka demonstra que o ódio ainda é forte e que precisa ser combatido com mais amor e respeito entre as pessoas", disse Wasim.

    Na Jalsa Salana 2019, outras lideranças usaram da palavra para defender a paz entre os povos. O padre franciscano Volnei Berckembrock lembrou de um diálogo entre Francisco de Assis e um sultão que vivia no Egito, no qual acordaram pelo fim das escaramuças entre cristãos e muçulmanos no norte da África. Essa relação sadia completou 800 anos este ano, sendo que desse encontro surgiram propostas de paz entre duas das maiores religiões do planeta.

    "Em 1219, Francisco de Assis foi procurar esse sultão em plena quinta cruzada e, mesmo não tendo encerrado uma guerra naquele momento, surgiu uma amizade forte entre ambos e suas hostilidades, muito depois, acabaram", ressaltou Volnei.

    Já Celso Ferreira, representante da comunidade espírita no evento, conclamou todos a usarem o primeiro mandamento para refletirmos sobre as diferenças na humanidade. Segundo ele, o amor é capaz de eliminar essas barreiras e construir um mundo melhor.

    "A Organização Mundial da Saúde diz que, até 2040, a maior causa de morte será o suicídio. Para pensarmos na paz no mundo, temos que pensar na paz interna. Temos que amar a Deus sobre todas as coisas com um olhar interior, chamar esse Deus que habita dentro de nós. Quando isso for feito, a busca pela paz lá fora será mais fácil", comentou Ferreira.

    Durante a Jalsa Salana, poemas de origem pawuistanesa foram recitados, assim como uma explicação sobre o Islã e a Ahmadia, cuja religião islâmica começou no século repassado e hoje possui milhares de fiéis em mais de 200 países. Petrópolis abriga a maior comunidade Ahmadia do país.

    Últimas