• DER descumpre prazo e não informa ao MPF sobre obras emergenciais na União e Indústria

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  • 08/06/2019 18:00

    O Ministério Público Federal (MPF) concedeu mais 10 dias para que o Departamento de Estradas e Rodagem (DER-RJ) apresente o cronograma das obras emergenciais na Estrada União e Indústria, no trecho entre os distritos de Pedro do Rio e Posse. O DER tinha até o fim do mês de maio para apresentar a documentação, o que não foi feito.

    “Na última audiência, o DER se comprometeu a enviar o cronograma de ações, o que não aconteceu. Já oficiamos novamente o departamento e esperamos agora que o prazo seja cumprido”, disse a promotora Vanessa Seguezzi. O prazo passa a contar após o Departamento de Estradas e Rodagem ser comunicado oficialmente, o que deve acontecer na próxima semana.

    O trecho entre os dois distritos é de responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagem e é chamada de “estrada da morte” devido à quantidade de buracos, falta de sinalização e iluminação, entre outros problemas. Na manhã de sexta-feira (7), ocorreu no trecho mais um acidente, envolvendo dois automóveis e uma caminhonete e uma mulher, de 42 anos, ficou ferida. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para o Hospital Santa Teresa (HST).

    A colisão aconteceu na localidade conhecida como Jacuba, citada pelos moradores como um dos piores trechos da estrada. “Há mais de um ano estamos pedindo a manutenção desse trecho. Os acidentes são frequentes, não podemos deixar carros no acostamento e o meu neto quase foi atropelado uma vez. A minha filha já teve o pneu do carro rasgado quando saiu da garagem e passou sobre as crateras. A situação aqui é muito crítica”, contou a moradora Sandra Alves Cabral de Jesus, de 48 anos e há 27 mora no local.

    Além da apresentação das ações emergenciais na estrada, o DER tem 30 dias para informar as medidas que serão adotadas para a retomada do processo licitatório para a contratação da empresa que ficará responsável pela recuperação da via. Uma multa no valor de R$ 10 milhões imposta ao DER pelo descumprimento de uma decisão judicial e abandono das obras na estrada também está sendo analisada pelo judiciário.

    Em nota, o Departamento de Estradas e Rodagem informou que “um estudo técnico concluiu que, se a obra fosse feita de forma emergencial neste momento, as melhorias não seriam reaproveitadas futuramente, já que seriam apenas de caráter provisório. Por esse motivo, um processo licitatório está em curso para escolher a empresa que fará as intervenções necessárias para o trecho citado na reportagem”. O Departamento informa ainda que todos os esclarecimentos serão dados ao MPF, nos próximos dias.


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