• Deputado federal petropolitano é um dos investigados pelo STF por atos antidemocráticos

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  • 24/04/2020 17:09

    O deputado federal Daniel Silveira é um dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação em atos antidemocráticos na semana passada. O próprio parlamentar confirmou ser alvo das investigações em entrevista à Tribuna e em uma live publicada em seus perfis nas redes sociais. Segundo ele, o STF terá que provar que participou dessas manifestações.

    “Não só eu, mas vários deputados estão sendo investigados. Cabe ao STF provar que eu participei de atos pedindo intervenção militar ou o AI-5. Existem coisas mais sérias que o STF deveria fazer do que investigar esses 12 deputados”, disse Daniel Silveira. O deputado lamentou atos do Supremo Tribunal Federal e disse que a instituição não está livre de críticas. “Sou contra a forma como o supremo é composto atualmente e acho que deve ser, sim, alvo de críticas, quando suas atitudes e ações estão fora da normalidade”, afirmou.

    O inquérito para apurar as denúncias envolvendo a organização de atos contra o regime da democracia, por vários cidadãos, incluindo deputados federais foi aberto na semana passada no STF a pedido do procurador da República Augusto Aras. As manifestações aconteceram no dia 19, quando os participantes pediram o fechamento de instituições como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. O inquérito visa apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional (7.170/1983). Uma das pautas de parte dos manifestantes era a reedição do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar no país.

    O deputado negou participação nesses atos e ressaltou que é a favor da democracia e que defende o voto como forma mais democrática e de mudança. “Não tenho medo do STF . Vão ter que provar minha participação nesses atos”, disse Daniel Silveira em uma das suas lives. 

    A Tribuna questionou a procuradoria geral da República sobre as investigações. Em nota, a assessoria informou que o inquérito segue em sigilo e que não poderia divulgar nomes dos envolvidos e nem detalhes da investigação.

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