• Denúncia de transporte clandestino faz projeto de regulamentação sair da pauta

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  • 25/02/2019 11:15

    Depois de receber uma documentação extensa sobre o transporte clandestino de passageiros em Petrópolis e o risco para a segurança da população, o prefeito Bernardo Rossi retirou da Câmara o projeto de regulamentação deste tipo de serviço por aplicativo para analisar e ver a medidas que podem ser tomadas para garantir a segurança de quem trabalha e quem usa o serviço. Na documentação, há um relato sobre os diversos grupos de redes sociais, principalmente no whatsapp, onde os motoristas trocam informações sobre os ganhos de fora do aplicativo.

    Além de valores e troca de mensagens sobre os possíveis clientes, os motoristas que utilizam esses grupos passam informações sobre blitz e informam a existência de mototáxi para mulheres. Algumas conversas mostram fotos de passageiros, a maioria mulheres sentadas no banco de trás em momentos que não observam a foto.

    Num dos grupos, segundo documentação entregue às autoridades, os motoristas de um mesmo grupo disputam entre si os possíveis clientes. Numa das conversas, um motorista reclama que um outro está pegando os passageiros na sua frente, depois que negocia e a resposta: “Infelizmente não tem regra. Aqui você chega primeiro, negocia e alguém te fura”.

    Os mesmos documentos foram entregues ao comando do 26º Batalhão de Polícia Militar (PM) e ao Ministério Público Estadual (MPRJ) para que as autoridades tomem providência para garantir a segurança dos petropolitanos. Para o Movimento dos Taxistas, o transporte clandestino está prejudicando os taxistas e também os motoristas que trabalham apenas pelo aplicativo da Uber.

    O Movimento dos Taxistas reúne mais de 200 motoristas e segundo eles, o problema é que motoristas que atuam de forma clandestina estão fazendo uma campanha nas redes sociais contra os taxistas querendo colocar a população contra eles. 

    Num dos documentos entregues à PM, os taxistas pedem um “rigor maior no que diz respeito à fiscalização de transporte clandestino de passageiros, embarque de passageiros em locais proibidos, ameaças feitas por motoristas clandestinos de forma pessoal, através de redes sociais e principalmente de forma violenta no trânsito”. 

    No documento entregue ao prefeito e às demais autoridades, os taxistas chamam atenção para os problemas que vem ocorrendo em torno da Rodoviária Governador Leonel Brizola no Bingen. Afirmam no documento que “gostaríamos de deixar claro que, nós taxistas, não somos contra qualquer aplicativo de transporte de passageiros, somos a favor de um sistema regulamentado onde todos possam trabalhar de forma legal contribuindo assim para o desenvolvimento da mobilidade urbana”. 

    O Movimento dos Taxistas coloca-se ao lado dos motoristas que trabalham apenas com o aplicativo Uber, frisando que o Código de Conduta da empresa exclui os motoristas que solicitam pagamentos fora do sistema e transportam passageiros fora do sistema. 

    Conforme a documentação entregue às autoridades, muitos motoristas estão oferecendo serviços fora do aplicativo criando grupos em diversas redes sociais onde oferecem os serviços..

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