• Denúncia de fraude no HCC, HNSA e Santa Mônica foi feita por um dos diretores do hospital

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  • 05/12/2020 10:01

    Nesta sexta-feira (04), Marcos Paulo Vianna Cordeiro sócio do Hospital Clínico de Corrêas (HCC), divulgou uma nota de esclarecimento em que afirma que foi ele quem fez a notícia-crime à Polícia Civil denunciando os indícios de fraude no Hospital Clínico de Corrêas, Hospital Nossa senhora Aparecida (HNSA) e Santa Mônica. De acordo com a denúncia, há indícios de que um dos sócios teve um enriquecimento patrimonial acima do que condiz com a realidade econômica e com os rendimentos dos outros sócios. O que poderia caracterizar, segundo as investigações da Polícia Civil, que o sócio teria participado de fraudes em contratos. 

    Segundo o delegado da 106ª DP, João Valentin, as fraudes culminaram no superendividamento do Hospital Clínico de Corrêa, a ponto de praticamente inviabilizar o seu funcionamento. Além disso, segundo o delegado, há indícios de que referidos gestores tenham participado de fraudes em uso de leitos, inclusive de UTIs, por pacientes do SUS, já que os Hospitais são conveniados ao município.

    Na nota, o sócio Marcos Paulo, que fala em nome do HCC, nega que as fraudes tenham relação com convênios com o município. Ele afirma que “até onde se sabe, a investigação em questão não tem como objeto nenhum tipo de conduta ilícita da instituição para com qualquer ente público”.

    E completa: “destaque-se que, até onde este diretor conhece, todas as atividades pagas a este hospital foram devidamente realizadas e supervisionadas por médicos funcionários públicos do município os quais têm como encargo auditar todos os serviços prestados aos pacientes deste hospital. Com isso, nada que fora pago a nossa instituição deixou de ser fiscalizado por estes profissionais”, disse.

    Marcos Paulo esclarece que os sócios e colaboradores investigados não integram formalmente os quadros sociais do HCC, mas que continuam atuando na instituição por intervenção judicial. “O que, com todo respeito que merece o Poder Judiciário, se lamenta, pois a referida participação dos investigados no dia-a-dia do HCC apenas prejudica a sua imagem perante o Poder Público, pacientes, clientes e prestadores de serviços”, disse Marcos Paulo na nota. 

    Na quinta-feira (03), a policiais civis da 106ª DP cumpriram cinco mandados de busca e apreensão nas residências dos sócios do HCC. Dois foram cumpridos em condomínios de luxo em Petrópolis, um no município do Rio de Janeiro, um em Teresópolis e um em Cabo Frio. Segundo a Polícia Civil foram apreendidos farta documentação e bens de luxo. As investigações prosseguem, em sigilo, visando identificar supostos agentes públicos envolvidos.

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