• Demanda por fundos de ouro cresce em dia de forte aversão global a risco

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 09/03/2020 17:18

    As fortes perdas no mercado e o aumento da aversão a risco nos últimos dias aumentaram o interesse e a captação de fundos de investimento em ouro. Na Vitreo Investimentos, a captação está hoje dez vezes maior do que média diária. “Hoje o fundo que mais capta é o de ouro”, afirma o diretor de Investimentos da gestora, George Wachsmann.

    Na Necton, a demanda por esse tipo de fundo também tem crescido, segundo o diretor de distribuição Rafael Giovani. De dezembro até agora, dobrou o patrimônio dos clientes Necton alocados no Órama Ouro Multimercados, fundo distribuído pela plataforma.

    Leia também: Bolsa aciona circuit breaker após Ibovespa cair mais de 10%

    “Começamos a distribuir há cerca de seis meses, e o investidor tem se interessado, porque está se sofisticando e começa a se sentir confortável em colocar seu dinheiro em fundo da commodity”, diz Giovani.

    O ouro é considerado um ativo de segurança para momentos de grande estresse e fuga do risco como o atual. Mas, como indica Giovani e também orienta o analista da Levante Bruno Benassi, é preciso cautela.

    A commodity tem forte volatilidade e deve, segundo Benassi, ser encarada como um ativo de proteção da carteira.

    “Sempre é positivo ter parte da carteira em ativos para defesa”, diz o analista da Levante, que tem o fundo XP Trend Ouro em sua recomendação. “Mas é importante ter, porém uma posição pequena entre 1% a 2,5% do patrimônio para usar como hedge. Não acredito que seja uma posição para investidor pessoa física entrar para ganhar dinheiro. “Avaliamos que o preço do ouro já subiu bastante”, disse Benassi, indicando que o tamanho de uma alocação em fundos da commodity precisa ser medida com cautela.

    Nesta segunda, o contrato de ouro para maio fechou cotado US$ 1 675,70 a onça-troy com alta de 0,20%. Nesse preço, o contrato acumula alta de 6% no mês e de, aproximadamente, 25% nos últimos 12 meses.

    Últimas