• Defesa de Paulo Igor diz que prisão preventiva não se justifica em ação que tem 5 anos

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  • 15/04/2018 08:00

    A prisão preventiva do vereador Paulo Igor (MDB) e o fato do vereador Luiz Eduardo (Dudu/Patriota) estar foragido vem criando um sentimento de insegurança, levando políticos mais experientes a pensar se está valendo a pena continuar na atividade. O advogado de defesa de Paulo Igor, Afonso Destri, vai entrar com pedido de Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), argumentando entre outras coisas que o processo no qual foi decretado sua prisão refere-se a fatos ocorridos em 2011 e que já se passou muito tempo e que não se justifica a prisão preventiva. 

    Apesar da argumentação, a investigação sobre crimes de fraude em licitação e peculato na Câmara Municipal somente começou devido ao inquérito que apurava a denúncia de empréstimo consignado feito por servidores, que era obrigtados a entregar o dinheiro a vereadores e a pagar as prestações da dívida. O principal investigado nesta prática, desde 2011 é o vereador Dudu, que chegou a ser investigado pela Comissão de Ética da Câmaran em 2012. Na época, os vereadores Paulo Igor e Dudu, assim como outros, argumentavam que uma sindicância na Câmara não comprovou nada e por isso as denúncias haviam sido encerradas. 

    Por causa das constantes ações do Ministério Público na Câmara, muitos políticos questionam as práticas adotadas nos últimos anos e por que não foram corrigidas. Um vereador chegou a afirmar que avisou ao presidente da Câmara, Paulo Igor, que era preciso fazer mudanças. De acordo com ele, apesar das promessas, nada foi feito e os problemas continuaram. Agora, segundo o parlamentar, é preciso mudar para preservar o Legislativo Municipal, onde sempre houve discussões e disputas políticas, mas nunca sofreu tantas ações judiciais como ocorreu nos últimos 14 anos. 

    A investigação sobre a extorsão de dinheiro dos servidores, aos poucos ganhou outras contornos, identificando o que seria fraude em licitação e a contratação de funcionários fantasmas e levou a prisão de ex-vereadores – Osvaldo do Vale (Vadinho) e Marcos Montanha. Assessores destes vereadores e de outros prestaram depoimentos no Ministério Público Estadual. O Pastor Sebastião da Silva também foi investigado, no entanto, antes de qualquer decisão judicial, ele retomou seu mandato na Câmara, como suplente, mas foi logo afastado e em seguida preso por outras acusações. 

    Na quinta-feira, quando ninguém mais falava sobre o caso dos três, o Ministério Público Estadual conseguiu mandado de prisão preventiva contra os vereadores Paulo Igor e Dudu, trazendo novamente à tona todas as ações judiciais decorrentes das investigações do Ministério Público. Todas elas correm em sigilo de Justiça.

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