• Defesa de Paulo Igor aguarda resposta de pedido de revisão de prisão preventiva

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  • 13/05/2018 09:00

    A prisão do vereador Paulo Igor (MDB) completou um mês. Também com a prisão decretada pela Justiça, o vereador Luiz Eduardo (Dudu/Patriota) continua foragido. Apesar do esforço da defesa dos dois vereadores, ainda não tiveram êxito os pedidos de revisão da prisão preventiva decretada pela a desembargadora Katya Monnerat, que, segundo informações, aguardam  parecer do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).


    A Delegacia Fazendária continua realizando diligências em Petrópolis, cumprindo determinações da desembargadora e, ao mesmo tempo, tentando capturar o vereador Dudu, que está foragido desde o dia 12 de abril, quando não foi encontrado em sua residência. A polícia realizou diversas buscas, mas não encontrou Dudu, nem informações que pudessem levar ao local onde está escondido. 


    A informação é que o parecer do MPRJ sobre a revisão da prisão de Paulo Igor, não foi favorável e, com isso, a estratégia da defesa será manter o pedido para que seja apreciado pelo Primeiro Grupo de Câmara Criminais do Tribunal de Justiça. Os advogados trabalham com o objetivo de mostrar que o processo é antigo e que não havia necessidade da prisão preventiva. 


    Sobre o dinheiro encontrado em sua residência, R$ 155 mil e dez mil dólares, no dia 12 de abril, quando Paulo Igor foi preso por policiais da Delegacia Fazendária do Rio, na operação Caminho do Ouro, realizada em conjunto com o MPRJ, os advogados sustentam que era resultado da venda de um imóvel, sendo que uma parte do dinheiro foi depositado em conta e outra parte pago em espécie. Com relação aos papéis encontrados com iniciais de possíveis nomes para quem o dinheiro seria entregue, a defesa aguarda ainda as medidas que o Ministério Público vai tomar, pois segundo informações, um novo inquérito seria aberto para apurar a origem e o destino do dinheiro. 


    No dia 16 de abril, o vereador Paulo Igor, por meio de seus advogados comunicou sua renúncia a presidência da Câmara Municipal, permitindo aos vereadores eleger o vereador Roni Medeiros (PTB) para presidente. Ele esteve a frente do Legislativo Municipal por quatro biênios consecutivos e sua renúncia a presidência, conforme comunicado é de forma irrevogável. Na nota, o vereador explicou que “em respeito à minha esposa, aos meus filhos, aos meus pais, parentes, amigos, aos colegas vereadores e servidores da casa, tomo essa atitude para poder me concentrar na defesa e provar minha inocência. Com esse ato não prejudicarei o andamento dos trabalhos e a imagem da Câmara que tanto me orgulho de fazer parte”, afirmou.


    Ao contrário de Paulo Igor, o vereador Dudu não fez nenhum comunicado, nem por meio de seus advogados. No entanto, quem liga para o gabinete do vereador, os seus assessores que continuam trabalham, atendem o telefone como se o vereador estivesse ainda em atuação e mantém o atendimento as pessoas que procuram o gabinete. 


    Os dois vereadores foram denunciados pelos crimes de fraude em licitação e peculato. De acordo com a denúncia, o presidente da Câmara, Paulo Igor, com auxílio dos demais envolvidos, que incluiu Dudu, empresários e funcionários da Câmara, combinou com o empresário Wilson da Costa Ritto Filho, o “Júnior” uma forma de direcionar a licitação 03/2011, que gerou contrato de R$ 4,49 milhões.

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