• De retorno à caverna

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  • 28/09/2016 12:00

    Sempre ouvi dizer que se a idade avança inexoravelmente e fica-se idoso, na compensação instala-se a chamada maturidade da experiência e da vivência. Completa-se a falácia afirmando que nada mais pode surpreender a sapiência acumulada, porque a vida já ofereceu todos os conhecimentos no vivenciar das múltiplas situações comuns ou extraordinárias que compõem a biografia de cada ser humano.

    Nada mais incorreto! Pelo menos quanto à natureza humana, sempre inventiva e perigosamente astuta e imbecil a um só tempo.

    Pensemos no ser político ao lado do ser técnico e esqueçamos o ser observador, diligente e de bem com a evolução natural dos espíritos e da sociedade num todo.

    Pois muito bem ! Após o defenestro da dama de vermelho e da caça aos bruxos e bruxas integrantes da súcia que ficou instalada nos assentos dourados do poder, a nova ordem deseja o progresso e promete reformas nos conteúdos legais regentes do país e uma nova mentalidade, que não sabemos e muito menos sabem os novos gestores o que seja.

    A palavra esperança fica circulando no burburinho dos ideais melhores, porém, retorna a velha sentença que envolve moscas e monturos, estes últimos substituídos mas os insetos sempre os mesmos.

    No momento, apregoa-se a reforma do ensino porque a tal pátria educadora meteu os pés pelas mãos e as cabeças da juventude nos boeiros. Então, a ordem é mudar e logo, logo, logo, anunciam a expulsão da obrigatoriedade da educação física dos currículos médios!!! Nada mais absurdo em momento nacional (e mundial) de nossa juventude colada nos joguinhos, torcendo as colunas, criando calos nos dedos e comprometendo a visão e todo o metabolismo corpóreo. E, mais, provocando colisões nas ruas e praças, atropelamentos, confusões em coletivos, desatenção total ao entorno… Chega?

    O vício das telinhas precisa ser minimizado e é a educação física que conduz a juventude de retorno à condição de ser humano integral.

    Quando o homem das cavernas deixou a escuridão para gozar a luminosidade da natureza, a humanidade avançou. Hoje, se ele se entoca novamente na caverna, invertendo tudo, como será o mundo doravante?

    Felizmente, houve um recuo em toda essa insensatez e os educadores parece que já compreenderam a afoiteza inconsequente que lançaram na medida provisória.

    Senhores e senhoras dos três poderes, não continuem firmando atestados de ineficácia e comportem-se como conscientes mandatários de nosso sofrido povo. E estudem, por favor, a nossa História do Brasil.

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