• Crochemigas: uma parceria que faz bem a quem dá e a quem recebe

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  • 28/07/2019 12:50

    Agulhas, lãs, risadas e vontade de ajudar o próximo são as motivações do grupo conhecido como Crochemigas que, há quase dois anos, se reúne para juntar quadradinhos de crochê e aquecer quem mais precisa. Já foram produzidas mais de 1200 peças que foram levadas para instituições sociais, como asilos, creches e hospitais. Na próxima quarta-feira, será realizado o Encontrão mensal das Crochemigas, na Casa Cláudio de Souza.

    Formado originalmente por Lúcia Leoni, Renata GAM, Márcia Coelho Neto e Marjore Cox, o grupo chega a reunir mais de 30 pessoas nos encontros mensais realizados na Casa Cláudio de Souza.

    “Nós começamos muito despretensiosas, aprendendo a crochetar e trazendo novas amigas, mas o projeto cresceu tanto que não cabe todo mundo aqui no ateliê da Renata, então há um ano e meio, realizamos esses encontros mensais, assim todas as colaboradoras do projeto, que tem a disponibilidade, se encontram para crochetar juntas”, conta Márcia.

    Em menos de dois anos, o Crochemigas já beneficiou mais de 30 instituições diferentes, entre asilos, hospitais, creches e projetos sociais. Já foram confeccionados mais de 1200 peças, entre elas, mantas, gorros e cachecóis. Os quadradinhos de crochê doados chegam de Brasília, Minas Gerais, São Paulo e outras cidades do Rio de Janeiro, elas também já receberam doações vindas da Suíça.

    “As pessoas trabalham em suas casas e entregam, e nós somos como se fosse um núcleo. Essa semana, por exemplo, recebemos gorros, e fizemos gorros também, agora estamos contanto para ver quantos temos para organizar a entrega na instituição. Nós também somos responsáveis por formar a manta”, explica Márcia.

    “O nosso objetivo é fazer os quadradinhos de forma que quem receber, receba cor, alegria e amor. Nós nos apaixonamos por cada quadrado. É encantador para quem precisa e até para quem não precisa”, conta Lúcia, explicando que para cada manta, são necessários 35 quadradinhos de crochê.

    Surgimento

    “A Márcia veio aqui em casa e pediu para eu ensinar algo para ela fazer com as mãos, e eu resolvi ensinar o crochê, depois ela chamou uma amiga, que chamou outra e ficamos nós quatro aqui crochetando. Foi quando eu conversei com minha mãe sobre esses encontros que estávamos fazendo e ela comentou que anos atrás ela participou de um projeto do Sul do país que fazia os quadradinhos para montar mantas, foi a nossa inspiração”, conta a artesã Renata.

    Leia mais: Solidariedade que começa na ponta da agulha

    “A gente vinha para cá, comia, fofocava e fazia crochê, mas a gente não queria ficar crochetando por crochetar, fazendo as coisas sem um objetivo”, conta Márcia.

    A primeira campanha foi lançada no dia 6 de janeiro de 2018 para serem entregues em junho em um asilo. “Eles precisavam de 35 mantas. Eu enlouqueci, porque para 35 mantas, são muitos quadradinhos, mas conseguimos até mais, através das doações que recebemos”, relata Lúcia.

    “Nós, mandamos para os amigos, marcamos as pessoas nas postagens, e quando nosso prazo de entrega acabou, nós tínhamos umas 150 mantas. Foi ai que chegou a doação de duas caixas da Suíça. Minha irmã comentou com uma amiga que mora lá, e ela reuniu duas caixas para enviar”, lembra Renata.

    Para participar

    O grupo no momento está recolhendo gorros, para serem levados a uma instituição no próximo mês. Qualquer pessoa pode participar da iniciativa. Podem ser doados lã, cachecóis, ou quadradinhos de crochê no formato 20×20 centímetros, com oito carreiras, feitos com agulha 4. Elas também aceitam doações feitas de tricô.

    “Com o projeto, nós vimos o quanto é bom fazer o bem, e como as pessoas querem fazer o bem. A corrente foi só aumentando, não só de pessoas que fazem os quadradinhos, mas que doam, que falam do projeto, isso vai dando visibilidade e trazendo mais pessoas, e assim vamos aquecendo o próximo”, disse Márcia.

    O Encontrão será realizado na próxima quarta-feira, dia 31, das 14h às 18h na Casa Cláudio de Souza, na Praça Rui Barbosa, 5.

    As doações podem ser entregues na loja Morita Modas, que fica na Rua do Imperador, 842, loja 1, no Centro. Mais informações podem ser adquiridas na página das Crochemigas no Facebook e Instagram. 

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