• Crise atrasa pagamento do aluguel social

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/05/2016 08:00

    Cerca de 794 famílias petropolitanas, vítimas das chuvas que atingiram a cidade em 2011 e 2013, não receberam ainda o benefício do aluguel social, pago pelo governo do estado. A Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos aguarda a liberação da verba da Secretaria de Fazenda para realizar o repasse para os beneficiários. Porém, o órgão informou que faltam recursos disponíveis. Não há prazo para que a situação seja regularizada. Segundo a Secretaria Estadual de Fazenda, o pagamento será feito o mais rapidamente possível, mas depende de recursos em caixa.

    Em Petrópolis, 1.262 famílias recebem o benefício. Dessas, 794 fazem parte do programa de aluguel social do estado, sendo que 283 passaram a contar com a ajuda, após as chuvas de 2011, quando uma tragédia atingiu toda a Região Serrana. Em Petrópolis, a área mais afetada na época foi o Vale do Cuiabá, em Itaipava. Mais de 900 pessoas morreram e muitas ainda estão desaparecidas. 

    Em 2013, a cidade voltou a sofrer com as fortes chuvas, em menor proporção com relação ao número de mortes, mas que deixou centenas de desabrigados. Dessa vez, 511 pessoas passaram a receber o benefício do governo estadual. Outras 468 recebem o aluguel social da prefeitura de Petrópolis. Para cada família é repassado o valor de R$ 500. 

    Com esse atraso, o prefeito Rubens Bomtempo lamentou a falta de empenho do Governo Federal para tirar do papel as obras de construção de casas populares na cidade e citou especialmente a paralisação das obras para construção de 760 unidades habitacionais no Vicenzo Rivetti. “Esse drama imposto agora poderia ter sido evitado se as obras tivessem seguido o cronograma previsto. Se o Governo Federal tivesse cobrado a retomada imediata das intervenções ou substituído rapidamente a empresa já poderíamos estar entregando as casas às famílias que hoje recebem o aluguel social. Com o atraso, essas famílias precisarão do benefício por, pelo menos, mais dois anos, isso se as obras forem retomadas agora, conforme nos foi antecipado pela Caixa Econômica Federal”, disse acrescentando que não vai medir esforços para que isso realmente aconteça e para que as casas fiquem prontas o mais rapidamente possível.

    O prefeito também garantiu que vai cobrar do Estado a regularização e a manutenção dos pagamentos aos beneficiários do programa de Aluguel Social e afirmou que o Governo Estadual tem que rever suas prioridades. “Estamos estarrecidos com a informação de falta de recursos para o pagamento dos benefícios. É essencial que o Governo do Estado reveja suas prioridades e garanta o pagamento. Essas famílias já sofreram muito. Perderam tudo o que tinham. Perderam suas casas, suas coisas e, em muitos casos, filhos, pais, mães e amigos. O aluguel social representa a esperança de um recomeço que terá início com a entrega de uma nova casa”, concluiu. 


    Últimas