• Crescimento do Retiro causa impacto no trânsito e desordem no bairro

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  • 02/05/2019 16:45

    Considerado um bairro residencial, o Retiro sofreu uma grande mudança de perfil nos últimos anos, com o aumento do comércio local e das ofertas de serviços oferecidos na região, onde estão instalados o Centro Administrativo da Prefeitura e a Delegacia. O crescimento do bairro gerou um impacto no trânsito que sofre com congestionamentos. Por falta de estacionamentos, os carros são deixados em locais proibidos ou interrompendo o fluxo. 

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    Em pelo menos quatro vias da localidade, o problema é evidente e até mesmo a circulação dos ônibus está sendo afetada. Para os moradores, a falta de fiscalização é a verdadeira raiz do problema. Em frente à 105ª Delegacia de Polícia, dezenas de carros estacionam diariamente em lugares proibidos, inclusive em cima da calçada e dentro das curvas de retorno. 

    Segundo o varejista Marcos Paulo Pereira, de 54 anos, a situação, além de causar retenções, leva também riscos de acidentes aos pedestres. “Eu sequer me lembro da última vez que teve uma fiscalização da CPTrans aqui. O Retiro está uma ‘terra de ninguém’. É tanto carro parado em frente às placas de ‘proibido estacionar’, dentro do retorno da delegacia e também em cima da calçada que o pedestre muitas vezes é obrigado a andar pela rua. Semana passada mesmo quase que um estudante foi atropelado. Tem até carro abandonado nos canteiros da rua. Até quando isso será permitido?”, reclama. 

    O problema se repete nas vias do interior do bairro. As ruas Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros e Felipe Camarão também possuem centenas de automóveis que diariamente estacionam de maneira inadequada. Durante a tarde de ontem, um ônibus da linha 510 – Vale dos Esquilos, da viação Cascatinha, foi obrigado a fazer uma manobra na Rua Felipe Camarão, por conta de um carro que estava estacionado dentro da curva. “É revoltante. Parece que ninguém se importa com o outro que também está no trânsito e para em qualquer lugar. Só falta pararem e deixarem um bilhete ‘se vire para passar por aqui’. Só chegou a esse ponto de desrespeito porque as autoridades nada fazem”, afirmou o motorista de um ônibus.

    “Todo dia ficam diversos carros e caminhões estacionados ali na rua, e atrapalham todos os moradores. Isso causa um transtorno imenso para nós moradores, já que todo dia a gente se atrasa por conta de irresponsabilidade e falta de bom senso dos outros motoristas. A gente se atrasa para o trabalho, se atrasa pra chegar em casa, se atrasa pra tudo porque quase não está tendo espaço para os ônibus passarem. Está muito irritante tudo isso”, disse a moradora Sabrina Barros, de 40 anos, referindo-se à Rua Fernandes Vieira.

    Em nota, a CPTrans informou que o setor de engenharia de trânsito enviará uma equipe ao local para verificar a possibilidade de implementação de sinalização na área. O órgão ressalta que, quem estaciona em local proibido está sujeito a multa grave de R$ 195,23 – no caso de ser em vagas para idosos e deficientes, esse valor sobe para R$ 293,47, já que passa a ser classificado como multa gravíssima e que rende sete pontos na CNH.


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