• CRAM alerta sobre a necessidade de vítima de violência pedir ajuda

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 11/04/2019 12:00

    Petrópolis registrou nessa semana o primeiro caso de feminicídio do ano. A moradora de 43 anos, da Comunidade do Neylor, no Retiro, foi brutalmente assassinada e o principal suspeito é seu companheiro. Com casos de feminicídio e violência contra a mulher cada vez mais expressivos nas estatísticas de todo o país, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) faz um alerta sobre a importância de as vítimas pedirem ajuda.

    Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2019, uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete dias no estado do Rio de Janeiro e mais de 60% dos crimes acontecem nas residências das mulheres e são praticados pelos atuais companheiros. Muitas vezes, estas mulheres, por medo ou vergonha, não buscam ajuda.

    Leia também: Polícia confirma: crime no Neylor é tratado como feminicídio e acusado foi preso

    O município possui uma ampla rede de assistência a essas mulheres vítimas da violência doméstica. O Cram presta assistência jurídica, social e psicológica à vítima e é o local para onde as vítimas são encaminhadas após a denúncia na delegacia. Nos três primeiros meses do ano, o Cram já realizou 163 atendimentos. A assistência apresentou um pequeno aumento em relação ao mesmo período no ano passado, que registrou 160 consultas. Porém, o número de mulheres que não procuram ajuda ainda é muito grande.

    A coordenadora do Cram, Cléo de Marco, destaca que o município conta com dois canais voltados à mulher: o próprio Cram, subordinado ao Gabinete da Cidadania, e o Núcleo de Atendimento à Mulher (Nuam), ligados às delegacias da cidade. “Nosso trabalho é mostrar à mulher que ela não está sozinha, que sua voz está sendo ouvida. Ela precisa buscar ajuda. Temos equipamentos para receber esta vítima e prestar toda assistência. Como é um assunto muito complicado, buscamos, junto à justiça e aos órgãos responsáveis, medidas protetivas que garantam a segurança da mulher após a denúncia, o que é de extrema importância”, destaca.

    Ampliando a rede de atendimento, essa vítima pode contar também com a Sala Violeta, que fica no Fórum de Itaipava, onde ela consegue uma medida protetiva de urgência em apenas 4 horas. Além da Sala Lilás, que está sendo implantada no Instituto Médico Legal (IML), com objetivo de preservar a vítima com espaço reservado e com profissionais especializados, para que as análises periciais sejam realizadas de forma adequada.

    Para denunciar ou solicitar informações, pode ligar para o telefone 2243-6152 ou comparecer à sede do Cram, na Rua Santos Dumont, número 100, no Centro. O funcionamento é de segunda a sexta, de 8h às 17h. Em casos de emergência, a mulher pode ligar em qualquer horário para o número (24) 98839-7387, disponibilizado pelo órgão. Caso se sinta violentada de alguma forma, a mulher pode contatar a Polícia Militar pelos números 2291-5071, 2242-8005 ou 180, além de poder contatar via WhatsApp a emergência da Polícia Militar, pelo número (24) 99222-1489, além da Guarda Civil pelo 153.

    Últimas