• Covid-19 e as eleições municipais

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  • 13/09/2020 00:01


    Nos últimos meses, com a pandemia, causada pelo Covid-19, muito se discutiu no campo político sobre as medidas adotadas pelos prefeitos e pelos governadores, principalmente no que diz respeito ao isolamento ou distanciamento social.

    Não há dúvida que, um problema sanitário, de prevenção e de saúde se transformou numa disputa política entre os mais diversos grupos políticos e, principalmente, pelo Governo Jair Bolsonaro que até o momento mantém no Ministério da Saúde um ministro interino.

    Não quero aqui dizer quem está com a razão, porém o fato é que, se as medidas de distanciamento e isolamento social e as barreiras sanitárias não tivessem sido adotadas em Petrópolis, a situação estaria muito pior do que estamos vivendo.

    É fato que, enquanto não tivermos uma vacina para prevenção contra o Covid-19, ainda vivemos num clima de tensão e medo do que pode acontecer com qualquer um. As medidas de distanciamento social e prevenção com uso de máscara e lavar as mãos continuam sendo essenciais para evitar o contágio e a disseminação acelerada do vírus. Nesse ambiente ainda “inseguro” precisamos aprender a viver e como dizem o “novo normal”.

    Os argumentos usados pelos diversos grupos para justificar suas posições políticas e não sanitárias e de saúde, levaram o país ao caos que se estabeleceu na área de saúde. Com isso, mais uma vez, os políticos que reclamam da interferência do Poder Judiciário na política, permitiram ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir os rumos do país, garantindo aos prefeitos e governadores o poder de tomar decisões e implantar medidas sanitárias e de prevenção.

    A pandemia é um assunto de saúde pública, que deveria ser cuidada, orientada e organizado pelo Ministério da Saúde em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde e os mais diversos institutos, faculdades e centros de pesquisas brasileiros. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem todas as condições para fazer esta articulação hierárquica e organizacional beneficiando toda população. No entanto, governantes em todos os níveis preferiram levar tudo para o campo político e ideológico deixando à população a margem, a espera de soluções para problemas criados por causa da discussão meramente política.

    Além desta situação, muitos prefeitos atuaram no combate ao Covid-19 de olho nas eleições municipais, certos de que poderiam usar este momento a seu favor e com isso buscar, com mais tranquilidade a sua reeleição. Quem pensou desta maneira cometeu um grande erro, pois, se medidas tomadas foram boas para conter a disseminação do vírus, o resultado no campo econômico e social mostrou a ineficiência do poder público em atender a população.

    Petrópolis é o exemplo claro disto. Segundo fontes, o governo municipal atuou nos últimos dois meses com pesquisas para definir que medidas tomar para por fim ao isolamento social. Isto com toda certeza de olho nas eleições municipais. Se de um lado acertou com as barreiras sanitárias (desde o início apoiei, pois como fui presidente do Conselho Municipal de Saúde sei que a capacidade do município em atender os petropolitanos seria comprometida sem elas) erra ao pensar que tais medidas, por mais certas que sejam vão ajudar ou melhorar sua situação nas eleições municipais.

    Os pré-candidatos a prefeito, oposição ao atual prefeito, também não pensem que estão fora do alcance dos olhos atentos do eleitor. Pois quem se eleger prefeito terá que ter bem claro as medidas que vão tomar para garantir a saúde dos petropolitanos frente ao Covid-19 e as ações para promover o desenvolvimento econômico da cidade.

    O eleitor petropolitano terá um olhar mais amplo sobre esta situação e não tenho dúvida que um olho estará nos candidatos a prefeito da cidade e o outro no presidente Jair Bolsonaro. A partir daí tomará sua decisão em quem votar ou se vai sair de casa para votar.

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