• Corpo de Bombeiros pode acabar com o atual modelo de vistorias

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  • 17/02/2019 14:00

    O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey Costa Júnior, anunciou que pode mudar o atual modelo de vistorias em todo o estado. A proposta surge oito dias depois de um incêndio destruir um alojamento temporário de atletas das categorias de base no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio, matando 10 adolescentes. A área destruída não estava prevista no projeto apresentado aos bombeiros. Segundo o comandante, a proposta é acabar com a vistoria in loco, feita atualmente, mantendo apenas a verificação da documentação, assinada por engenheiro e responsável pelo projeto.

    “Com isso, caberá aos engenheiros e responsáveis pelo projeto darem aos bombeiros as informações corretas. Será deles a responsabilidade pelo que chegar ao Corpo de Bombeiros para avaliação. Ao receber o certificado dos bombeiros, o responsável pelo empreendimento terá também que assinar uma declaração se comprometendo a submeter novamente à avaliação da corporação possíveis alterações naquilo que estava previsto inicialmente”, explicou. 

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    A ideia é que as mudanças na legislação sejam feitas num prazo de até seis meses. “Hoje recebemos cerca de 50 mil requerimentos por ano para avaliação. Essa mudança dará mais celeridade e segurança a todo o processo e exigirá, do responsável pelo projeto, uma atenção maior, já que será a assinatura dele que estará na documentação”, frisou.

    Engenharia de incêndios

    O coronel Roberto Robadey Costa Júnior lembrou que também há proposta de mudanças na Academia dos Bombeiros: a ideia é oferecer formação de nível superior em Engenharia de Incêndios. “No futuro, podemos abrir essa possibilidade também para civis. Será necessário mudar a legislação, mas consideramos essa possibilidade. Hoje temos dificuldades para aprovar os projetos, muitas vezes, porque há poucos especialistas nessa área. Então o projeto acaba precisando de várias alterações, que geralmente são orientadas pela nossa equipe. Isso torna o processo mais lento. Acreditamos que, com essa especialização, será mais fácil ver projetos já atendendo as exigências dos bombeiros”, finalizou.


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