• Consumo frequente de açaí pode afetar coloração de restaurações de resina

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 20/03/2017 14:15

    Os meses mais quentes do ano já se despediram, mas o clima ainda incentiva práticas, como o consumo de açaí. O fruto de cor roxa é um dos preferidos de quem quer se alimentar de maneira saudável sem abrir mão do sabor e refrescância. Mas como ficam os dentes nessa história? No momento do consumo, certamente escurecidos. Depois, eles voltam à coloração normal, entretanto, o mesmo pode não ocorre com as restaurações feitas com resina. A boa notícia é que há solução.

    O cirurgião dentista do Instituto Rio, Márcio Marques, explica que as restaurações têm porosidade, ou seja, conseguem absorver pigmentação.

    "A longevidade de uma restauração de resina tem relação direta com a alimentação. A médio e longo prazo, o consumo de alimentos, como o açaí, que tem um pigmento forte, tende a influenciar na manutenção da cor", destaca o especialista, acrescentando que a qualidade da resina e o tempo que ela está na boca também são fatores importantes.

    "A resina vai sofrendo desgaste e uma das consequências é o aumento da porosidade, ou seja, a superfície fica mais propensa a agregar e aderir pigmentos. Um material de boa qualidade dura, em média, entre oito e 10 anos", esclarece Márcio Marques.

    O material restaurador normalmente é utilizado em pequenas porções, ou seja, para correções simples relacionadas a estética. Restaurações de maior proporção, como os implantes dentários, são feitos com cerâmica.

    "A cerâmica é mais resistente e não têm porosidade, portanto, quem tem uma prótese fixa total, não será afetado pelo pigmento do açaí. A cerâmica tem estabilidade absoluta de cor, que não muda ao longo da vida" afirma o dentista.

    A solução para as áreas feitas de resina e afetadas por pigmentos, o que é comum no caso de quem tem uma dieta baseada em alimentos como balas que contém anilina, açaí, refrigerantes e vinho, por exemplo, é fazer o repolimento da superfície. De acordo com Márcio Marques, caberá ao dentista avaliar a necessidade de refazer a restauração por completo. 

    Últimas