• Consultor orienta: aproveite o 13° para reorganizar vida financeira

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 03/12/2017 08:45

    No fim do ano milhares de brasileiros recebem o pagamento do 13° salário. E, segundo economistas este é o momento ideal para reorganizar a vida financeira, ou, pelo menos, tentar. A realidade é um pouco diferente para muitos, já que a maioria aproveita mesmo é para comprar presentes e garantir uma ceia de Natal farta. Mas de acordo com o consultor de gestão empresarial, João Carlos Ferreira da Silva, é preciso resistir a tentação e passar a cultivar a cultura da poupança.

    Segundo ele, o brasileiro não tem o hábito de reorganizar e avaliar as finanças para definir o que é gasto essencial, do que é supérfluo, e portanto que pode ser cortado. Além disso, muitos são consumidores impulsivos e gastam sem pensar duas vezes com produtos que as vezes nem estão precisando. A tradicional Black Friday é uma ótima “armadilha” segundo o especialista, para os trabalhadores menos organizados financeiramente. 

    Para evitar “virar” o ano com contas a pagar, ou pior, fazer novas dívidas em virtude dos festejos de fim de ano, a dica e ter foco. “Precisamos fazer um trabalho de educação financeira para que as pessoas tomem cuidado para não comprometerem o orçamento. Por isso, é importante que o 13º seja aproveitado para quitar dívidas, e se possível ainda ter parte reservada para um eventual imprevisto. Além disso, não podemos esquecer que em janeiro contas como IPTU, IPVA, despesas com escola dos filhos, entre outros, chegam com tudo”, explicou João Carlos.

    Além disso, saber qual é o real valor do débito é importante, assim como identificar as contas que têm os juros mais elevados, pois esses índices tornam a quitação mais difícil com o passar dos meses. “O ideal é quitar essas contas primeiro e procurar o credor, principalmente quando se trata de cartão de crédito, para tentar desconto de juros, ou até isenção deles”, explicou João Carlos.

    É justamente isso que a vendedora Juliana Barreto fará. Mães de dois filhos de sete e quatro anos, ela pretende aproveitar o 13° salário para regularizar pendências antigas. “Optei em parar de trabalhar por causa dos meus filhos e fiquei quatro anos fora do mercado. Nesse meio tempo veio a crise e deixou a situação financeira da família mais complicada. Diante disso voltei logo a trabalhar e estou aliviada por receber esse dinheiro extra. A minha intenção é começar 2018 com o pé direito e sem contas atrasadas”, disse esperançosa. 

    Mas algumas pessoas pensam mesmo em gastar o dinheiro extra desta época do ano. A também vendedora Jucélia Ferreira é uma delas. Animada ela conta que pretende comprar muitos presentes. “Não tem nada melhor do que entrar em uma loja e saber que pode escolher qualquer produto. É assim que me sinto quando recebo o 13° salário! Quero me presentear e também fazer um agrado para as pessoas que amo. Além disso, ninguém resiste a uma boa ceia de Natal, e isso sempre acaba gerando gastos extras”, disse entre risos. Apesar das estripulias premeditadas a vendedora afirma que está em dia com as contas. 

    Mesmo assim João Carlos aconselha que as pessoas sejam mais conscientes. “Em vez de presentes caros, procure por lembranças mais simples. Passado esse período, caso a pessoa não consiga poupar, é importante considerar a renda mensal e manter o orçamento dentro dela. Se não, a dívida pode virar um ciclo vicioso. Mas de fato o ideal seria conseguir poupar ao menos parte do 13° salário. Começar o mais depressa possível a se educar e definitivamente implantar no dia a dia a cultura da poupança trará inúmeros benefícios. É dessa forma que muitas pessoas que não possuem salários exorbitantes conseguem mesmo assim viajar para fora do país, e concretizar sonhos materiais, como trocar de carro, comprar uma casa, e por ai por diante”, ressaltou.








    Últimas