• Conheça os riscos da ingestão de bebidas alcoólicas durante a gravidez

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  • 07/09/2018 07:00

    Médicos vão se reunir na próxima sexta-feira (14) em Petrópolis para um seminário, aberto ao público, sobre prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), doença que afeta bebês de mães que ingeriram álcool durante a gravidez. Serão três horas de palestras e debates sobre as formas de combate à síndrome. O evento começa às 9h, na Casa da Educação Visconde de Mauá.

    “Este é um assunto que deve ser tratado com toda a atenção. A síndrome pode afetar a formação do bebê e trazer sérias consequências à saúde. Por isso, a ideia de incentivar a prevenção e combate à doença, levando as informações à população”, diz o prefeito Bernardo Rossi, lembrando que, quando vereador, foi o autor do projeto que deu origem à lei nº 6641/2009, em conjunto com o também vereador à época, Marcio Muniz. A lei instituiu a “Semana de Prevenção e Atenção da Síndrome Alcoólica Fetal", celebrada em novembro.

    O mês de setembro é lembrado em todo o mundo pelo combate à SAF. De acordo com dados do Ministério da Saúde, um em cada 100 bebês nascidos vivos no Brasil são diagnosticados com SAF. Em Petrópolis, cerca de 450 bebês são diagnosticados com a Síndrome por ano, em média, segundo a Coordenaria de Políticas sobre Drogas.

    “Devemos alertar a comunidade e chamar a atenção para a prevenção ao uso de álcool na gravidez. Este consumo pode causar a síndrome e acabar comprometendo a saúde do bebê. Estamos promovendo estas ações para passar estas informações, como forma de fazer este alerta e minimizar os danos”, destaca o secretário de Saúde, Silmar Fortes.

    O álcool, quando consumido durante a gravidez, atravessa a proteção da placenta, diminuindo a quantidade de oxigênio do embrião e influenciando no desenvolvimento do cérebro da criança. A Síndrome Alcoólica Fetal é caracterizada por graves malformações no organismo do bebê, como microcefalia, retardo cognitivo (mental) e distúrbios de comportamento. Em casos mais leves, podem ser percebidos distúrbios cognitivos menos marcantes. 

    “Podemos dizer que a SAF é uma das principais causas nos problemas em relação ao déficit cognitivo e problemas da criança na escola. São causas não-genéticas. Por isso, precisamos combater o consumo de bebidas alcoólicas, sobretudo por jovens e mulheres. O Brasil é um cenário de efetivo risco, considerando o elevado e banalizado consumo de álcool”, diz a psicóloga e coordenadora de políticas sobre Drogas no município, Leandra Iglesias.

    O Seminário de Prevenção da SAF vai contar com palestras e debates sobre as formas de prevenção à doença. Um dos palestrantes será o professor de medicina da UFRJ e diretor geral científico da Associação Brasileira de Álcool e Drogas, José Mauro Braz de Lima. A palestra terá como tema “SAF: questão de saúde pública”.
     “O palestrante é pioneiro nos estudos da alcoologia e da SAF no Brasil e tem trazido fortes contribuições para os estudos sobre a neuroquímica do cérebro e o uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas”, completa Leandra.

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