• Comércio começa a se preparar para as inovações que a tecnologia trará

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  • 26/06/2016 07:00

    Entrar em uma loja, tocar um produto, perguntar ao vendedor as informações técnicas, como funciona, se é eficiente e, em seguida, ir para casa, acessar o computador, tablet ou celular e fazer a compra online. Muitas vezes porque é mais barato, mesmo com frete, ou até mesmo pela comodidade daquele produto chegar na porta de casa. Se identificou? Essa é a tendência do presente que deve se intensificar cada vez mais. Já para o futuro, pode-se esperar lojas físicas, funcionando como showroom, com poucas peças, apenas para o consumidor tocar e depois ele pode recorrer a compra de maneira virtual. Ou até mesmo ir até um espaço físico, desconstruído, ou seja, espaços onde o consumidor se sinta em casa, e um local onde vai poder experimentar as roupas com ajuda da tecnologia touchscreen. Pode parecer um tanto quanto futurista, mas é o que as grandes feiras internacionais de varejo, como a NFR, nos Estados Unidos, já apresentam para os empresários. 

    Para Claudia, a tendência é global e a migração para o ponto virtual é um processo natural. “Quando a proposta vem para otimizar recursos atende a qualquer região. Afinal, o consumidor não é fixo e, sim, flutuante”. Ela faz uma comparação com os negócios dos bancos. “Quando é que poderíamos imaginar que íamos ao banco só para sacar o dinheiro? Porque hoje é possível fazer quase todas as transações de forma online. Isso é uma questão de praticidade que também afeta o comércio”, comentou. 

    Mas, ela pondera que nem tudo vai ser totalmente virtual. Para a coordenadora do Sebrae, é uma tendência, levando-se em conta principalmente os novos consumidores que estão se formando. Ou seja, a geração que, atualmente, tem 15 anos, e já é acostumada no cenário virtual e deverá ser o público consumidor na próxima década. Apesar disso, comenta que tratar todo o consumidor da mesma forma, é um erro. “As boas práticas, o conflito entre o passado e o futuro, vão acontecer o tempo todo no mundo dos negócios”. 

    Fiorini lembra que o próprio uso do cartão de crédito ou dinheiro de plástico foi uma revolução para o comércio. “Antes trabalhávamos com carnês, crediários e o cheque era muito utilizado. Hoje, 80% das compras são feitas com o cartão, o que impactou também na formalização da economia”. Ele acredita ainda que os smartphones estarão cada vez mais participando das decisões de compra dos consumidores. Apesar de reconhecer o crescimento do e-commerce, o presidente do Sicomércio afirma que o comércio de rua não vai acabar. Para ele, os consumidores gostam de olhar a roupa, pegar, experimentar e isso sempre vai existir. “O processo de consumo online é irreversível por diversos fatores. Um deles é a otimização do tempo, que é cada vez mais escasso na vida das pessoas”. 

    Como ponto positivo da cidade, que funciona como atrativo para os consumidores de fora, ele destaca a questão da segurança, do clima agradável. “Estamos perto dos grandes centros, o que mostra que temos um bom público para atrair”, disse. Claudia diz ainda que quando é só a máquina, a concorrência é igual para todo mundo. “Qual será o diferencial competitivo se não tiver o contato humano? O preço não fideliza o cliente e isso é um fato”. 


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