• Comerciantes buscam inovação para driblar a crise

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  • 27/11/2016 07:00

    A crise econômica que afeta o país e o mundo não é motivo para desanimar. Muito pelo contrário. É nela que muitos encontram oportunidade de tentar abrir um novo negócio, e despertar atenção e interesse de um público diferente, para lucrar. Foi pensando nisso que uma dupla decidiu, há um ano, abrir um comércio um tanto quanto diferente para a cidade. 

    A loja Trato Feito, na Rua do Imperador, do ramo dos instrumentos musicais e objetos antigos, trabalha com um sistema de vendas diferente. Lá, é aceito não só o pagamento em dinheiro como também a troca de produtos usados. O cliente pode encontrar produtos antigos e conservados e levá-los pela troca de serviço ou de um outro produto. “Tentamos viabilizar a venda da melhor maneira possível. A gente compra produtos usados, como instrumentos musicais, itens antigos, aparelhos de som, discos de vinil, câmeras fotográficas, entre outros, e disponibilizamos à venda por um preço mais acessível. Deste modo, o produto que hoje não é útil para certas pessoas acaba sendo colocado à venda por um preço melhor, para que outras pessoas possam comprá-los”, explicou André Reis, sócio-proprietário.

    A entrada da loja já desperta atenção. “O cliente se sente atraído e acaba despertando curiosidade sobre os itens que temos aqui”, explicou. 

    No estabelecimento são disponibilizadas aulas de música, ensaios em estúdios, concertos, aluguel de equipamentos e até mesmo apresentações musicais. “A gente procura fazer um pouco de tudo para viabilizar a venda da melhor maneira possível. Temos várias maneiras diferentes de atrair o cliente e também fazer com que ele se sinta à vontade”, explicou o André.

    Além disso, o comércio oferece também aulas de fotografia, num curso que acontece na parte de cima do imóvel. O maior movimento, segundo André, se dá por conta da venda de produtos antigos. “O que mais dá cliente aqui é justamente esse diferencial que temos, de comprar os produtos usados, que pra muitos não tem utilidade. Comprando eles por um preço acessível eu consigo vender por um valor legal, satisfazendo tanto ele, quanto eu e o novo cliente”, completou. 

    O sócio explicou que a loja é uma ideia antiga, que foi desenvolvida virtualmente. “Eu sempre gostei de antiguidade, e já trabalhava com vendas pela internet. A partir daí começamos a bolar uma ideia de montar uma loja física, nessas condições, voltadas para esse público. A ideia deu certo e estamos completando mais de um ano!”, concluiu.

    Um outro comércio que inovou é uma locadora da Rua Dezesseis de Março. Em tempos de avanços tecnológicos e de explosão de mídias sociais, não é mais tão comum alugar filmes. A maioria prefere baixar pela internet. Por isso, a locadora deixou de ser um point de encontro dos apaixonados por cinema. Mas, para driblar toda essa crise, tem gente inovando. Na locadora que fica no Conjunto Comercial 16 de Março, quem vai alugar um filme pode também encomendar um prato especial, que é feito pela proprietária. Essa é mais uma forma de atrair o cliente. 

    Além desses dois estabelecimentos, diversos outros da cidade têm adotado essa política de inovação e conciliação de dois ou mais serviços, para manter ou quem sabe até alavancar as vendas. 

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