Com danos estruturais, ponte precária no Vale das Videiras coloca motoristas em risco

No Vale das Videiras, em Araras, uma ponte na Rua dos Falcões aguarda intervenções há quase um ano. Com as vigas quebradas em março do ano passado, o problema se agravou no último sábado (25), quando um buraco se abriu no meio da ponte, tornando o acesso ainda mais limitado.

A rua, localizada quase na divisa entre os municípios de Petrópolis e Miguel Pereira, aguarda há onze meses a obra de manutenção da secretaria de obras. Quando, em março de 2019, um caminhão caiu da ponte dentro do rio, os moradores se mobilizaram para solicitar intervenções. Segundo eles, uma equipe da Defesa Civil esteve no local e fez um laudo técnico, que seria enviado à Secretaria de Obras para realização da manutenção.

Segundo moradores, uma das vigas da ponte quebrou, provocando a queda de um caminhão em março do ano passado.

“A ponte está em estado crítico. Ela é antiga, feita de madeira e terra. O caminhão caiu porque as vigas da ponte quebrou. E quem passa em cima não vê, porque tem terra por cima, mas as madeiras estão podres por baixo. E agora, com as chuvas, a situação vai piorando”, disse o autônomo André Augusto de Souza Ribeiro.

Com madeiras apodrecidas, o trânsito de veículos foi interrompido, mas não há sinalização que indique o risco para motoristas que não conheçam o local.

Desde que o caminhão caiu, motoristas de carros de passeio, vans e caminhões enfrentavam o perigo e ainda passavam no trecho, que não possui placas que alertem sobre o problema ou que impeçam a passagem de veículos no local. Mas, no último sábado, com as fortes chuvas registradas na região, um buraco se abriu no meio da ponte, aumentando o transtorno da população, que evita passar com os veículos por ela. 

“No momento, nem carro de passeio está passando pela ponte, pois está muito perigoso. Com esse buraco, os cidadãos estão aflitos, pois em breve começa o período letivo e por essa rua passa van com crianças diariamente, além, é claro, de sitiantes, turistas, caminhões de entregas e produtores rurais que precisam escoar sua mercadoria. O trecho onde está a ponte pertence a Petrópolis, mas além dos moradores da cidade, tem gente de Miguel Pereira que utiliza esse caminho para vir para Petrópolis. Quando a gente liga para a Secretaria de Obras, a resposta que temos é que não tem verba nem máquinas para arrumar”, continuou André.

Reparos não concluídos e falta de sinalização

Segundo a prefeitura, a equipe regional da Secretaria de Obras promoveu reparos no local na segunda-feira (27), mas nada foi feito quanto à estrutura comprometida. Quem conhece o problema continua evitando passar, mas sem nenhuma sinalização, os moradores temem que desconhecidos se arrisquem, principalmente, com carros pesados e, como consequência, a ponte ceda.

“Eles passaram aqui e colocaram um pouco de saibro no buraco, mas não fizeram nada quanto à estrutura, que está toda pobre. O buraco se formou porque a madeira está ruindo, e um pouco de terra não vai dar jeito. Quem não conhece pode achar que dá para passar, mas a ponte pode cair a qualquer momento”, disse a moradora Paola Padula.

Segundo Paola, essa não é a única ponte da rua que merece atenção. “Essa rua é toda de terra, outras duas pontes na rua do Falcão estão ruins, e são muitas pessoas que dependem dessa estrada para tirar o seu sustento”, acrescentou.

Leia também: Prefeitura inicia obras de recuperação de ponte no Bingen