• Coleta seletiva reduz o despejo de resíduos da natureza

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  • 22/09/2018 17:30

    Em Petrópolis, cerca de 60 toneladas de materiais como plástico, papel, metal e vidro são coletadas em seis bairros, no projeto “Porta a Porta”. Outras 3 toneladas são recolhidas em ações eventuais. Já nos ecopontos da Mosela e de Itaipava, foram 40,5 toneladas recebidos de janeiro a junho com quase 1,2 mil participantes do programa.

    Atualmente, a coleta seletiva do programa “Porta a Porta” é feita com três caminhões e um roteiro que atua em Bingen (segunda), Mosela (terça), Valparaíso (quarta), Morin (quinta), Alto da Serra (sexta) e Bairro Castrioto (sábado).

    “Quem mora nesses bairros precisa apenas separar o lixo orgânico do lixo seco, ou seja, não pode misturar, por exemplo, alimentos com papel, plástico, vidro e metal. No dia em que a coleta passa no bairro, basta deixar o material que vai ser reciclado no portão de casa que o caminhão vai coletar e levar para o Centro de Reciclagem de Cascatinha”, explica o presidente da Comdep, Wagner Silva. Em Cascatinha, o material passa por triagem e é separado pela cooperativa Deus na Guerra. Outras cooperativas também podem receber esse material.

    Materiais como garrafa pet, caixinha de leite, pote de manteiga, latinha de bebidas, entre outros que armazenam alimentos podem ser deixados para a coleta seletiva. Para isso, basta lavar essa embalagem com água antes do descarte. Se esses materiais ainda tiverem resíduos de alimentos, podem acabar sendo danificadas pelo mofo ou alguma bactéria. A única exceção é o óleo de cozinha, que também pode ser reaproveitável.

    “Existe uma maneira bem simples de saber se algum material pode ser reciclável: é só procurar na embalagem um desenho com três setinhas, uma apontando para outra. Esse é o símbolo da reciclagem e todo material que pode ser reaproveitável, por lei, tem que ter essa indicação”, conta a coordenadora de educação ambiental da Comdep, Jussara Gatto Justen. As três setas significam o percurso desse material no planeta: a indústria que fabrica o produto; o consumidor que faz o uso dele; e o retorno desse resíduo para a cadeia produtiva (através da reciclagem).

    Além do Porta a Porta, também existe a coleta eventual, que acontece no Centro, em Corrêas e Araras em dias alternados.

    Tempo de decomposição

     A coleta seletiva e a reciclagem têm um duplo impacto positivo sobre o ambiente. Primeiro porque o material descartado da maneira correta não degrada o meio ambiente. E segundo porque o reaproveitamento dele reduz a necessidade de consumir os recursos naturais.

    O papel descarte de maneira incorreta demora três meses para se decompor completamente. Já quando é reaproveitado corretamente, com 50 kg é possível poupar uma árvore.

    Alguns tipos de plástico podem demorar 450 anos até se decompor. Com a reciclagem de 1 tonelada desse material, é possível economizar milhares de litros de petróleo.

    O alumínio leva mais de 1 mil anos até o processo final de decomposição. No entanto, 1 tonelada que for reaproveitada diminui em 5 toneladas a quantidade de minério extraído.

    Já o vidro, com tempo de decomposição de 1 milhão de anos, consegue poupar, a cada tonelada reciclada, 1,3 tonelada de areia.

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