• Cinco anos da Lei Brasileira de Inclusão

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  • 22/07/2020 00:01

    O mês de julho é uma data de demasiada importância para as pessoas com deficiência e para aqueles que dedicam a vida na luta em prol da inclusão. Este mês, fazem cinco anos da sanção da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). E, após este tempo todo, podemos considerar que ainda há muito a ser feito nesta luta, principalmente quando tratamos da importância da fiscalização. No Brasil, infelizmente, qualquer Lei ou determinação só funciona se estivermos sempre atentos. E, é por este motivo, que estou sempre de olhos bem abertos aos problemas relacionados à inclusão em nossa cidade.

    Outro aspecto que ainda deve ser considerado, quando analisamos as mudanças que foram proporcionadas pela legislação, está diretamente ligado ao mercado de trabalho. Hoje, há facilitadores para o ingresso de pessoas com deficiência no mercado. Porém, ainda há muito a ser feito para a valorização do mérito individual neste meio. Ainda sonho com o dia em que veremos pessoas com deficiência sendo respeitadas pelas suas atribuições particulares e, assim, alcançando o tão desejado crescimento profissional. As pessoas com deficiência precisam serem incluídas por completo no trabalho e, para isso, devem ter as mesmas oportunidades de crescimento que nós temos. 

    Deste  modo, percebo que ainda há mudanças necessárias a serem feitas na legislação, para explicitar, de forma clara, estas diretrizes. Porém, não podemos desconsiderar o valor que este marco tem, principalmente na vida das pessoas que têm deficiência. Neste momento de comemoração, também precisamos olhar ao nosso redor e nos questionar: quais são as mudanças que você enxerga em nosso município, Estado e país?

    Se pararmos para observar, ainda é necessário um movimento de cobrança para que os direitos estabelecidos no dia 06 de Julho de 2015 sejam respeitados em nosso cotidiano. Precisamos pregar a inclusão completa, não apenas adaptações ou segregações, que são conceitos retrógrados que nada tem a ver com a inclusão real. Ainda sonho com o dia que os deficientes serão vistos como pessoas iguais a nós, algo que ainda precisa muito evoluir em nossa sociedade.

    Se eu for pensar em uma palavra para resumir o que significou esta metade de uma década em minha vida, eu pensaria na palavra luta. Uma luta colossal para fazer com que os direitos sejam respeitados. Com fiscalizações e aprovações de projetos em nível municipal, com a força de vontade para fazer a diferença para aqueles que buscam o seu espaço em nossa sociedade. Enfim, uma luta que não começou de hoje e permanecerá em mim, nas minhas ações e no meu sentimento mais profundo, até o fim. Ter uma filha com deficiência mudou a minha percepção do mundo e, também, fez com que a minha vida mudasse por completo. Hoje, mais que nunca, eu tenho a convicção que tenho, ainda, muito para fazer! Há muitos passos a serem tomados e há muita força de vontade para continuar fazendo e transformando a nossa sociedade.

    Assim, neste aniversário de cinco anos desta legislação eu afirmo a todos os meus leitores da Tribuna de Petrópolis: continuarei avançando e buscando uma sociedade onde a inclusão seja algo naturalizado, onde o mérito individual seja valorizado, onde todos tenham as mesmas oportunidades para conquistar o seu espaço. A luta continua e será o norteador do meu meu futuro. 

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