• Chalé do Palácio Rio Negro: projeto de restauração pode começar neste ano

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  • 14/01/2019 16:38

    Parte do patrimônio arquitetônico da cidade e integrante do complexo do Palácio Rio Negro, o chalé, construído em 1884, está abandonado. Por fora, podem ser vistos janelas deterioradas, parte do telhado coberto de lodos e as madeiras da varanda podres. De acordo com o Iphan, um projeto de restauração do complexo está para ser licitado ainda no primeiro semestre de 2019.

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    Localizado na Avenida Koeler, nº 255, o chalé é fechado para visitação, e diferente dos jardins do palácio, que podem ser visitados durante o dia, as redondezas do chalé não podem ser frequentadas por populares ou visitantes. Segundo informações, muitos pombos habitam dentro da casa, o que ajuda a deteriorar a estrutura, sujando telhados, paredes e danificando telhas.

    De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), uma reforma de restauração e conservação está prevista no complexo. Segundo o Instituto, o projeto foi discutido em uma reunião realizada em dezembro de 2018 onde estiveram presentes membros do Iphan, do Ministério Público Federal, Secretaria Especial de Cultura e Ibram. A reunião ocorreu no sentido de estabelecer as prioridades para a reforma de restauração e conservação que está para ocorrer no Complexo, estando o Palácio Rio Negro em prioridade máxima e, o Chalé, será atendido em seguida. O Iphan garantiu que todas as edificações situadas no terreno serão contempladas pelo projeto de restauração a ser elaborado ainda no primeiro semestre de 2019, após divulgação do edital e contratação da empresa responsável.

    Para um casal de empresários, que visitavam o jardim do Palácio, o chalé é um prédio de muito valor histórico, sendo uma perda para a cidade e para os turistas estar de portas fechadas. “Sempre que visitamos a cidade damos uma volta pela Koeler para admirar todas essas casas e palacetes incríveis e é uma pena ver um chalé cheio de história como esse estar nesse estado. Acredito que não é falta de dinheiro e sim de uma boa administração e zelo pela história do nosso país”, disse Ramon Alfredo, 35 anos.

    O Chalé:

    A construção com data de 1884, pertencia a uma família de colonos alemães, e em seu frontispício pode ser vistas as iniciais de seu primeiro proprietário, Frederico Guilherme Lindscheid. O chalé costumava ser alugado para veraneio, tendo sido ocupado, em diversas ocasiões, pela família de Joaquim Nabuco. Situado no prazo de nº 159, sua história se funde com a do Palácio quando, em 1939, sob o Governo Vargas, a União Federal adquiriu o edifício da então proprietária, Lydia Lindscheid Kamp, para nele instalar a guarda da presidência.

    Complexo Arquitetônico do Rio Negro

    Desde junho de 2007, o conjunto arquitetônico do Palácio Rio Negro é uma Unidade Museológica subordinada ao Museu da República, unidade museológica do IBRAM/MinC, sendo considerado como filial do Museu da República. O Palácio Rio Negro é um museu dedicado à memória da República em terras imperiais. O complexo arquitetônico conhecido como Palácio Rio Negro teve diversos usos ao longo de sua história: de residência do Barão do Rio Negro a residência de verão de presidentes da República, passando por sede do governo fluminense e de uma brigada Militar. O palácio foi residência oficial de verão de presidentes da República como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, sendo administrado pelo Museu da República/Ibram. Questionados, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM/MinC) não respondeu sobre o estado de conservação do Chalé e sua possível reabertura ao público, nem sobre ao projeto de restauração do complexo.

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