• Ceratocone: você sabe o que é?

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  • 02/12/2019 16:00

    Uma atitude muito comum praticada por quase todos nós pode trazer prejuízos sérios para a visão: o hábito de coçar os olhos. Esse hábito pode predispor ao ceratocone, uma alteração da anatomia da córnea, que ganha formato de cone. A doença traz variados graus de astigmatismo e também pode causar a opacidade em uma estrutura que deve ser transparente. 

    Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a doença pode evoluir por toda a vida. O problema costuma ser comum em adultos jovens e é responsável por mais de 50% dos transplantes realizados anualmente no país. Dados apontam que cerca de treze mil brasileiros têm que realizar o procedimento para recuperar a visão. 

    “Geralmente tudo começa na adolescência e o principal sintoma é a diminuição da visão. Em alguns pacientes, o ceratocone é progressivo. Acompanhamos muitos casos na clínica. O diagnóstico é feito através de uma consulta oftalmológica minuciosa e exames complementares, como a topografia e paquimetria, avaliando a curvatura e a espessura da córnea”, diz o Oftalmologista Fernando Medeiros. 

    Os principais fatores de risco são a história familiar e a conjuntivite alérgica. O ato de coçar os olhos deve ser evitado. Nos estágios iniciais, apenas óculos são necessários e em casos moderados o uso de lentes de contato rígidas especiais pode melhorar muito a visão. Em Petrópolis já há oferta de procedimento que modifica e fortalece a estrutura de colágeno nas córneas, evitando a evolução da doença (Cross Linking).

    “Nos últimos 10 anos o tratamento melhorou muito com o surgimento do procedimento de cross linking, em que uma luz ultravioleta modifica e fortalece a estrutura do colágeno das córneas. Outra possibilidade de intervenção é o implante de anéis intra-estromais, que modificam a curvatura da córnea, diminuindo o grau e melhorando a visão. Esses procedimentos reduzem inclusive, o número de transplantes necessários”, explica o especialista.

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