• Centro Cultural de Cascatinha recebe exposição Itinerante sobre o regime militar

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  • 06/05/2016 14:00

    A exposição “Petrópolis: ditadura e resistência”, que fez parte da programação da Semana da Memória, Verdade e Justiça  no mês de abril, idealizada pela Comissão da Verdade de Petrópolis, percorrerá os principais centros culturais do município nos próximos meses. Após ter ficado por 30 dias no Centro de Cultura Raul de Leoni, no centro da cidade, passará para o Centro Cultural Estação de Cascatinha. A inauguração acontece nesta sexta (06), às 18h. O centro fica na Rua Hyvio Naliato, próximo a praça de Cascatinha.

    A proposta é apresentar um pouco do trabalho realizado pelo Grupo Pró-Comissão da Verdade de Petrópolis, atual CMV, com base nas pesquisas preliminares feitas no ano passado. Criado em abril de 2015, o grupo pesquisa, entre outros assuntos, dados sobre a conjuntura da luta de classes na cidade – antes, durante e após o golpe de 64.

    Por meio de documentos e imagens, a exposição revela a mobilização dos trabalhadores e movimentos populares durante a deflagração do golpe. Mostra ainda a cassação em 1964, pela Câmara Municipal, do mandato do vereador José de Araújo Aranha, que era filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

    Além disso, a exposição conta um pouco sobre a luta de dois petropolitanos que se destacaram durante o regime militar. De um lado, Fabrício Alves Quadros, membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), sofreu perseguições durante os 20 anos de ditadura no Brasil. Do outro, Jana Moroni Barroso, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que lutou na Guerrilha do Araguaia. Jana saiu de Petrópolis em 1971 e está desaparecida desde 1974. Nascida em 10 de junho de 1948, desapareceu aos 26 anos.

    A mostra traz ainda imagens dos desaparecidos políticos que passaram pela Casa da Morte, residência localizada na Rua Arthur Barbosa, no Caxambu, que foi um dos principais aparelhos clandestinos de tortura do país.

    A exposição fica em cartaz no Centro Cultural de Cascatinha por um mês e, em seguida, será levada para outros bairros da cidade como Nogueira e Posse. Para Roberto Schiffler Neto, membro da CMV, esta é uma forma dos moradores da região conhecerem o que foi o regime militar no país e como ele atingiu o município. No caso específico de Cascatinha, ele lembra que é um bairro historicamente operário e identificado com as causas populares. 

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