• Campus da UERJ em Petrópolis segue fechado

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  • 23/08/2017 08:55

    Com o pagamento de três parcelas de salários atrasados liberado pelo governo estadual, alguns professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) decidiram enfrentar os movimentos grevistas e retomar as aulas mesmo com o estado de greve ainda mantido. O retorno, no entanto, ainda é tímido e abrange apenas uma minoria. Apenas na capital fluminense, até a tarde de ontem, havia movimento. Em Petrópolis, o prédio continua de portas fechadas e com correntes no portão.

    Manuela Alves da Rocha, de Arraial do Cabo, é uma das alunas do campus de Petrópolis. Ela ainda não sabe quando voltará às aulas. “Não tivemos notícias. Estamos esperando uma resposta também, sem saber o que será do futuro”, disse. 

    Um outro estudante que preferiu não se identificar disse que lamenta a prorrogação e que pensa em mudar de universidade. “Nosso destino é incerto. Petrópolis tem e não tem universidade estadual. É uma coisa que poderia ser boa, mas não é. Tivemos problemas estruturais no primeiro prédio. Nunca tinha aula. Agora temos esse problema da greve. É lamentável que uma instituição tão séria e importante, destacada internacionalmente, esteja neste nível”, criticou. 

    No Rio, os corredores da universidade ainda estão vazios. Cada departamento teve a liberdade de decidir sobre a retomada das aulas. Nos cursos de Direito, Engenharia, Medicina e Física, alguns alunos compareceram e o corpo docente conseguiu dar início ao calendário, mesmo que ainda de forma extraoficial. Apesar do que parece ser uma volta à normalidade, ainda não há data para o fim da greve e nem todos os pagamentos atrasados foram quitados.


    Falta de verbas

    No início do mês, funcionários da UERJ denunciaram a situação impraticável em que os profissionais tentavam lecionar. Condições precárias, como a falta de manutenção das sedes e o não pagamento de empresas terceirizadas responsáveis pela limpeza, vigilância e coleta de lixo impossibilitavam a retomada das aulas no prazo previsto.


    Sem previsão de retorno

    A Tribuna tentou contato com a direção do campus em Petrópolis, pelo telefone, mas não obteve sucesso. No campus, que conta com 80 alunos do curso de Arquitetura, portões, portas e janelas estão trancados e seguranças circulam no entorno do prédio. Nenhum deles soube informar sobre um possível prazo para a volta às aulas.



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