• Câmera registra pela primeira vez uma onça-parda na Reserva Biológica de Araras

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 12/04/2020 09:23

    Uma câmera registrou pela primeira vez uma onça-parda (puma concolor) na Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. O registro  do macho adulto foi feito na madrugada da última quinta-feira, 9 de abril, mas apenas as câmeras foram recolhidas apenas no último sábado. O animal, que já tem baixa população naturalmente, é uma espécie ameaçada pelo avanço da ação humana no  habitat onde vive.

    Segundo maior felino do Brasil, a onça foi registrada dentro dos limites da unidade de conservação, pela equipe de guarda-parque do Instituto Estadual do Ambiente ( Inea). O monitoramento dos animais é realizado na Rebio Araras desde 2018, por meio de armadilhas fotográficas que foram destinadas à Unidade a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público Estadual. Desde então, diversas espécies já foram registradas, inclusive pacas  e cachorros do mato.

    “Apesar da Rebio Araras ser uma Unidade consolidada, este registro é importantíssimo, pois é um indicativo de que o ecossistema está equilibrado. Além disso, acreditamos que este registro só foi possível devido à quarentena, pois é sabido que a redução das atividades humanas no interior e nos limites das Unidades contribui para o aparecimento de animais silvestres”, disse Isabela Bernardes, chefe da Rebio Araras.

    Administrada pelo Inea, a Rebio Araras abriga e protege diversas espécies raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e da flora em seus 3.862 hectares de Mata Atlântica. 

    A unidade de conservação abrange partes dos municípios de Petrópolis e de Miguel Pereira. A mesma tem extrema relevância na prestação de serviços ecossistêmicos na região, principalmente para a segurança hídrica, uma vez que protege cerca de 110 nascentes e 100km de extensão de cursos hídricos. 

    Além disso, no âmbito do Mosaico Central Fluminense, ainda conecta a Reserva Biológica do Tinguá à Zona de Vida Silvestre da Área de Proteção Ambiental (APA) Petrópolis, duas  unidades federais da Região Serrana.

    Na Reserva são permitidas apenas visitas de cunho educacional e/ou realização de pesquisas científicas, mediante autorização prévia.

    Últimas