• Câmara realiza audiência sobre políticas públicas para LGBTi+

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  • 21/06/2019 18:39

    Junho é celebrado o mês do orgulho LGBTi+, marco importante para colocar em pauta temas como a discriminação e, principalmente, a violência sofrida por essa parcela população. Na próxima sexta-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTI+, será realizada uma audiência pública na Câmara Municipal para propor a criação de políticas públicas no município. Também será realizado um ato LGBTi+ em repúdio aos recentes casos de violência contra homossexuais na cidade. 

    Neste ano, pelo menos cinco casos de LGBTfobia foram publicamente divulgados no município. Dito divulgados, porque grande parte dos casos não são sequer registrados nas delegacias. Por medo, vergonha ou descrença na justiça, pessoas LGBTi sofrem violência verbal e física, não denunciam e os agressores continuam sem punição. Sem políticas públicas que ajudem a proteger essa população, o número de vítimas continua a aumentar. 

    “Os índices de violência a comunidade LGBT só aumentam e nossa cidade não está fora deste cenário, em junho relembramos o caso da Lorran Lorreng e tantos outros. Lembremos também do Jader, que foi agredido recentemente na Praça da Liberdade, e que seu caso ainda está cheio de lacunas. Repudiamos todos os que incentivam tais atos de violência. Recentemente tivemos a vitória momentânea no STF da criminalização da LGBTFobia, queremos marchar em defesa das nossas vidas. Precisamos ser respeitados, não podemos mais admitir inclusive a violência institucional”, disse Guilherme Freitas, representante da União Nacional LGBT (UNA-LGBT) em Petrópolis

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    Para o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal, vereador Leandro Azevedo (PSD), a criação de políticas públicas para a população LGBTI+ no município é uma demanda antiga. “Nós já tínhamos o interesse de trabalhar com a comunidade LGBT há algum tempo, e com esse caso recente de violência na Praça da Liberdade, fomos procurados por um grupo LGBT. O caso nos deixa muito preocupados com a segurança. A partir disso, percebemos que no município não tem políticas públicas pela comunidade, essa foi nossa motivação para a convocação da audiência”. 

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    Na audiência foram convidados grupos LGBTi da cidade, membros das secretarias do município, forças de segurança, conselhos de medicina e psicologia, entre outros grupos. Na sexta-feira, a concentração começa às 17h, na Praça Dom Pedro II, em seguida terá a audiência na Câmara Municipal, às 18h, e após será feito um ato LGBTi+ na Praça Dom Pedro II.

    “Convocamos toda a comunidade LGBT para a audiência e o ato, convocamos em particular a população que também não pertence à comunidade LGBT a lutar por mais respeito, por uma sociedade mais igual, é uma luta de todos! Não podemos admitir que alguém apanhe ou morra por ser quem é,  não podemos permitir que a violência persista e avance a passos largos”, completa Guilherme.

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