• Cafés do interior do estado do Rio de Janeiro vencem competição internacional

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  • 26/10/2020 16:05

    Neste fim de semana aconteceu a primeira edição do Rio Coffe Nation, evento internacional dedicado ao segmento de cafés especiais e orgânicos. Em formato online, o evento contou com palestras, workshops, apresentações, receitas, exposição, além de uma competição. E os vencedores  de Melhor Café Torrado para Expresso foram produtores do Interior do Rio de Janeiro. O Café MN, de Porciúncula, ficou em primeiro lugar, e o Café Fazenda Pinheiro, de Varre-Sai, levou o segundo lugar.

    O responsável pelo café MN, produzido em Porciúncula, é o produtor rural Ênio Geraldo Marqueline Neles, de 40 anos, que produz café há três gerações. O produtor do café Fazenda Pinheiro, que ficou em segundo lugar no concurso, Manoel Felipe Medeiros de Faria, de 33 anos, começou o cultivo em Varre-Sai há três anos.

    A Emater- Rio apoia, orienta e dá suporte técnico aos produtores de café do interior do estado.

    Gustavo Pereira Polido, Extensionista Rural do escritório local da Emater-Rio em Varre-Sai, trabalha com os cafés da Região Noroeste há quatro anos. Ele explica que um diferencial para os resultados de qualidade do café  da região é a boa aceitação dos produtores para as tecnologias que os extensionistas da Emater-Rio trazem para o campo.

    “Muitos processos são diferentes, o trato cultural, as adubações, o controle de pragas e doenças, e depois ainda tem o pós-colheita, que é fundamental para garantir a qualidade do café. Neste ponto a aceitação do produtor às novas tecnologias é fundamental. Eles têm uma dedicação para manter todos os processos e chegar a qualidade do café”, disse Gustavo.

    O também Extensionista Rural, Flávio Gonçalves de Souza, trabalha no escritório local da Emater-Rio em Porciúncula. Ele explicou que outro fator importante neste trabalho, é a sucessão familiar.

    “Um dos nossos objetivos é manter o produtor no campo, porque nós percebemos que durante os anos, muitos jovens deixam a produção da família e se mudam para os centros urbanos. Mas, com esse trabalho, nós vemos que a maioria dos produtores que estão acreditando na melhoria e na qualidade do café é jovem, e eles estão vendo os resultados em um curto espaço de tempo. Antes eles vendiam o café para um atravessador com o preço fixado, agora eles estão fazendo até venda direta para o consumidor, além de entregar para grandes empresas do setor, isso garante o jovem no campo”, concluiu.

    Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura, o estado do Rio de Janeiro produz cerca de 16 mil toneladas de café por ano, um setor que movimenta mais de R$ 89 milhões anuais, com sua produção concentrada na Região Noroeste Fluminense.

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