• Bolsa abre em forte queda, superior a 8%

  • 18/03/2020 11:47

    A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, abriu as negociações do dia com forte queda, superior a 8%, perdendo o patamar de 70 mil pontos. O dólar sustenta nesta semana o patamar de R$ 5, e, na abertura das negociações desta quarta-feira, 18, iniciou a cotação em R$ 5,16, um avanço superior a 3% em relação ao fechamento do dia anterior, estabelecendo novo recorde nominal – quando descontada a inflação. Poucos minutos após a abertura, a moeda americana estabeleceu novo recorde, atingindo R$ 5,20.

    Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o dólar turismo já é negociado a R$ 5,40, variando entre R$ 5,33 e R$ 5,40.

    A moeda americana têm se valorizado fortemente frente ao real nas últimas semanas. Na quinta-feira passada, dia 12, ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 5, e, na segunda-feira, 16, fechou, de maneira inédita, acima dos R$ 5. Este novo cenário de desvalorização da moeda brasileira segue a instabilidade dos mercados internacionais por conta da disseminação do novo coronavírus, causador da Covid-19.

    Há previsto para o início da noite desta quarta-feira corte da Selic, a taxa básica de juro do País, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). em resposta ao coronavírus.

    O mercado deve ficar à espera do detalhamento do pedido de calamidade pública no País, em entrevista coletiva do ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe às 11 horas. 

    Além disso, estão previstas duas coletivas com o presidente Jair Bolsonaro para tratar da questão do coronavírus: a primeira, com os ministros do governo (14h30) e, a segunda, com chefes dos demais poderes (20h30).

    Por conta da pandemia que assola o mundo inteiro neste ano, as Bolsas de Ásia, Europa e Américas têm sofrido com efeito “sobe e desce”, ou seja, enquanto em um dia cai de maneira abrupta, no outro, recupera-se do tombo. Nesta quarta, Europa e Ásia têm queda generalizada. Isso tem se repetido bastante, inclusive, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, com o Ibovespa, principal índice do mercado nacional. Para se ter uma ideia, o sistema de “circuit breaker”, que paralisa as negociações no mercado, já foi utilizado, apenas neste mês, cinco vezes.

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