• Bens tombados que fazem parte de ação civil pública estão sendo restaurados

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  • 02/04/2017 08:30

    A recuperação de um casarão localizado na Avenida Benjamin Constant é considerado mais uma vitória para as entidades de preservação do patrimônio histórico da cidade. O imóvel construído há mais de 200 anos começou a ser restaurado no ano passado e quem passa pelo local já consegue ver a diferença. A tinta desgastada pelo tempo já dá lugar as cores vivas nas paredes externas e a uma nova estrutura da varanda e do telhado já estão sendo instalada.

    "Ver esses bens sendo restaurados, ganhando vida, é uma vitória. Esses bens são a história de Petrópolis e devemos lutar pela sua preservação", ressaltou a presidente da ong Ama Centro Histórico, Miriam Born. A reforma do casarão da Avenida Benjamin Constant deve terminar ainda neste semestre. Não há informação se o imóvel será usado para moradia ou para fins comerciais.

    O casarão construído em estilo eclético é um dos 17 imóveis tombados listados em uma ação civil pública instaurada em 2013 pelo Ministério Público com base em um levantamento assinado, em 2011, por sete ongs ligadas a preservação do patrimônio histórico da cidade. "Esse conjunto de imóveis estava em repleto a estado de abandono. A ação civil pública foi necessária para que os proprietários fossem notificados e obrigados a fazer a reforma necessária. Alguns estão sendo restaurados e esperamos que outros também sejam", destacou Miriam Born.

    "Estamos acompanhando a obra do casarão da Benjamin Constant. Todo o projeto foi aprovado e estão seguindo o cronograma apresentado pela empresa que mensalmente nos envia um relatório informando as intervenções que já foram feitas", informou a presidente do escritório do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) em Petrópolis, Fernanda  Zucolotto.

    Além desse casarão, outros bens tombados que fazem parte dessa ação civil pública também estão de cara nova. Um deles é um o castelinho da Rua Souza Franco. Após anos de abandono, o imóvel foi totalmente recuperado em 2016. Hoje quem passa pelo local não consegue ficar indiferente a beleza da arquitetura. "A reforma do Castelinho foi uma grande conquista e esperamos que outros imóveis recuperem sua beleza. A ambiência de Petrópolis é o seu patrimônio, os turistas vem aqui para ver o nosso conjunto arquitetônico", ressaltou Miriam Born.

    Dos 17 bens tombados da ação civil pública, apenas sete estão em processo de restauração ou já foram restaurados. Entre os que ainda aguardam por obras de reforma está um casarão localizado em uma área nobre do Centro Histórico: a casa que perteceu a Franklin Sampaio. Construída em 1874, está abandonada há décadas e necessita de uma intervenção urgente. “Os proprietários alegaram não terem condições de cuidar da casa. Estamos tentamos colocar essa casa num programa, levantando verba para fazer o projeto de restauração”, explicou a chefe do Iphan. 

    Fazem parte da ação civil pública: imóveis da Rua Souza Franco números 111, 153 (Castelinho), 520 e 590 (prédio da Comac); fábrica São Pedro de Alcântara; imóveis Rua Montecaseros número 392 e 219 (quadra de tênis); ruínas do Parque Natural da Rua Ipiranga; imóvel na Rua Benjamin Constant número 208; casa Franklin Sampaio; chalé e palacete Rio Negro; painel Djanira; Casa Visconde de Mauá; Avenika Koeler (estacionamento ao lado do palácio Sérgio Fadel); ruínas da fábrica Cometa no Meio da Serra; complexo fabril da Companhia Petropolitana em Cascatinha e imóvel na Avenida Presidente Kennedy. 


    Bens tombados

    Casarão Rua Souza Franco, número 111

    Em mau estado de conservação. Atualmente o imóvel está sendo usado como academia de dança

    Casarão Rua Souza Franco, número 153 (Castelinho)

    Reformado em 2016, todas as características estão preservadas. Atualmente o imóvel está desocupado.

    Casarão Rua Souza Franco, número 520 

    Em bom estado de conservação. Não há informações se o imóvel está ou não ocupado.

    Casarão Rua Souza Franco, número 590 (sede da Comac)

    Em péssimo estado de conservação. É usado como unidade de ensino.

    Fábrica São Pedro de Alcântara

    Há cerca de cinco anos o imóvel passou por uma pequena reforma, com troca do telhado e das janelas. 

    Casarão Montecaseros, número 392

    Está passando por reforma, recuperando suas características.

    Rua Montecaseros, número 219

    Quadra de tênis em área de preservação. 

    Painel Djanira

    Localizado no auditório do Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio, aguarda projeto de restauração.

    Chalé e Palacete Rio Negro

    Chalé em péssimo estado de conservação. O palacete foi reaberto ao público este ano, mas ainda precisa de reformas.

    Estacionamento da Avenida Koeler

    Área usada indevidamente.

    Ruínas do Fábrica Cometa no Meio da Serra

    Área totalmente degradada com construções irregulares.

    Rua Presidente Kennedy número 441

    Imóvel demolido dando lugar a um estacionamento.

    Complexo Fabril da Companhia Petropolitana em Cascatinha

    Em estado de má conservação, sendo ocupado por diversas empresas.




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