• “Banho de mar” José Afonso B. de Guedes Vaz Advogado e membro da APL

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  • 11/04/2018 12:00

    Há poucos dias recebi no meu celular um vídeo relembrando as cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro, à época dos anos cinquenta.

    Envolvido num certo sentimento de saudade, não posso esconder a verdade, recordei-me no caso de nossa terra de prédios ainda em construção, vários já demolidos e, também, da inauguração do Obelisco localizado no centro da cidade com a presença do Presidente Juscelino Kubistchek.

    No que toca ao Rio de Janeiro, concentrei-me nas antigas Avenidas Rio Branco, então denominada Av. Central, Presidente Vargas, além dos monumentais prédios onde se encontram localizados o Teatro Municipal, a Assembleia Legislativa, a Biblioteca Municipal, as tradicionais Igrejas e o Palácio Monroe que sediou o Senado Federal e após, o Estado-Maior das Forças Armadas, este último demolido há anos.

    Lembrei-me, outrossim, do Colégio Andrews sito à Praia de Botafogo, da Central do Brasil, na Praça da República, local onde foi edificada a Estação D. Pedro II.

    Recordei-me, também, acerca do serviço de transportes levado a cabo pelos bondes, ainda que deles haja me utilizado poucas vezes, além de tantas outras edificações que marcaram a antiga capital do país, já derrubadas, naturalmente com objetivo de “dar passagem ao progresso”.

    Todavia, chamou a minha atenção, em particular, o serviço de barcas levado a termo entre as cidades do Rio de Janeiro, Praça Quinze e Niterói, Praça Arariboia, especialmente os chamados “ferry boats”.

    Assim é que, com relação a tal meio de transporte, veio à minha memória a Walda III, eis que exatamente nesta barcaça, no ano de mil novecentos e cinquenta e oito, meu pai após deixar nosso apartamento em direção a Petrópolis, ao volante de um Oldsmobile ano de fabricação 1948, prestes à proa da embarcação, com um veículo já estacionado à sua frente, buscou os freios do carro, todavia não os encontrando. Com o impacto, que na verdade não foi brusco, o veículo acabou amassado, poucos danos, é verdade; contudo, se não protegidos pelo Ente Maior e se meu pai tivesse sido o primeiro condutor a ter acesso à embarcação, teríamos pai, mãe e filho, pelo menos, tomado um banho de mar para ninguém botar defeito e o pior, sem que soubéssemos nadar.

    Passou, como tudo passa, mas lembrei-me do evento que poderia ter nos causado graves consequências, ficando o fato marcado para sempre em minha memória. 


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