• Avancini chegou longe e confirma boa fase na Itália

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  • 10/07/2018 10:24

    Nunca antes um atleta do Brasil havia chegado tão longe em competições internacionais de Mountain Bike. No último domingo (8), Henrique Avancini quebrou mais uma barreira histórica para o País ao cravar a quarta colocação na etapa de Val di Sole, na Itália, da Copa do Mundo UCI.

    O ciclista petropolitano garantiu presença inédita de um brasileiro no pódio de uma prova de cross country olímpico no circuito mundial, modalidade tipicamente dominada por europeus. A melhor marca até então era dele também: uma sexta colocação na prova de Nové Mesto, na República Tcheca, em maio deste ano, que o deixou a apenas uma posição da champagne comemorativa. Desta vez, nada o tirou do Top cinco. 

    “Estou feliz pra caramba! É uma realização e tanto. É especial pra mim, especial pra bike, especial pras coisas em que acredito e estou bem satisfeito tanto com o trabalho que venho fazendo quanto com a minha carreira. Eu vim bem de baixo. E olhando para os caras que estavam comigo ali no pódio, ninguém veio de onde eu vim. São caras que venciam provas de nível mundial desde a categoria júnior. Minha jornada foi bastante árdua e ainda é, mas sempre bastante recompensadora”, afirma o atleta, único não-europeu entre os dez primeiros na corrida. 

    Na intensa largada da elite masculina, Henrique logo pulou à frente do pelotão e liderou boa parte da primeira volta. Ao ser ultrapassado por Nino Schurter (SUI), vencedor da prova, e Mathieu Van de Poel (HOL), terceiro colocado, o brasileiro caiu para a oitava posição no grupo de perseguição, onde se manteve por vários quilômetros depois de evitar uma queda que poderia ter comprometido seu resultado final. Nas últimas voltas, conseguiu ganhar a batalha contra o suíço Florian Vogel pela quarta colocação e terminar as sete voltas da corrida a apenas 1.14 segundos atrás de Nino.

    “Apesar de eu ter largado na frente, o ritmo foi bastante controlado. Às vezes, ali é o melhor lugar para se estar em uma etapa de Copa do Mundo, especialmente na largada. Procurei fazer uma prova no meu ritmo. Quando Nino e Van de Poel atacaram, eu não reagi imediatamente, mas depois fui tirando a diferença até reconectar com eles. Foi um dia em que aprendi muito. Ainda tenho muito para digerir dessa prova e bastante para crescer”, explica o brasileiro, que pulou da nona para a quinta posição no ranking da competição, somando 586 pontos.

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