• Auxílio Emergencial: mais um dia de longas filas nas agências da Caixa Econômica

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  • 30/04/2020 17:45

    Em busca de informações sobre o Auxílio Emergencial do governo federal no valor de R$600, milhares de petropolitanos enfrentaram mais um dia de longas filas nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF). Na manhã desta quinta-feira (30), as cenas em frente aos bancos impressionavam. Em Itaipava, a aglomeração chamava a atenção, principalmente porque muitas pessoas não usavam as máscaras de proteção contra a Covid-19.

    As filas nas agências começam a se formar ainda de madrugada. A espera pelo atendimento é longa, mais de quatro horas, e mesmo assim os problemas não são resolvidos. Foi o caso da diarista Talia de Moraes, de 22 anos. Ela contou que na semana passada foi até a agência da Rua do Imperador (perto do Terminal do Centro). Foram horas na fila e saiu sem conseguir resolver o problema no cadastro do auxílio emergencial.

    Longa fila para atendimento em agência da Caixa no centro de Petrópolis.

    “Fiz o meu cadastro pelo site no dia sete de abril. Dias depois deu erro e eu precisei refazer . Desde então estou aguardando. Mostra que está em análise e nenhuma informação sobre o que preciso fazer. Tentei o telefone 111, mas só serve para quem está inscrito no CadÚnico, que não é meu caso. O jeito foi ir direto na agência, enfrentar a fila. O que também não adiantou. Disseram que tenho que esperar. Eu pergunto: até quando tenho que esperar?”, questionou a diarista.

    Ela mora com o filho, de cinco anos, e é a única que sustenta a casa. Sem os serviços de diarista, Talia ficou sem renda. “Consegui uma cesta básica na igreja e só. Não tenho nenhum tipo de ajuda”, lamentou a diarista. Na mesma situação está a artesã Cristina Motta, de 53 anos. Ela também fez  a inscrição para ter direito ao auxilio emergencial no valor de R$ 600, mas até o momento, o cadastro ainda está em análise.

    Cristina conta que não procurou atendimento presencial nas agências da Caixa por medo de contaminação. “Tenho bronquite e não seria bom ficar no meio daquele tumulto. Mas as contas estão chegando e não tenho mais renda desde março, quando tudo isso começou. Em algum momento vou ter que procurar a Caixa e ver o que está acontecendo”, disse.

    A Tribuna entrou em contato com a Caixa Econômica Federal, mas até o momento não obtivemos resposta.

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