• Aumento nos preços da carne bovina assusta e afasta consumidor

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  • 28/11/2019 12:00

    O preço da carne bovina disparou nos mercados e açougues de todo o país nesta semana. A situação acendeu um sinal de alerta ao consumidor, que precisará de atenção no ato das compras para que consiga economizar. Em Petrópolis, o preço médio apresentou um aumento de cerca de 20% em relação ao mês de setembro. A Tribuna realizou um levantamento dos preços médios das carnes em seis estabelecimentos comerciais do Centro Histórico, a fim de verificar como os mercados estão se comportando neste período.

    Os supermercados Terê Frutas (Praça da Inconfidência e Rua Marechal Deodoro), Supermarket e Empório Multimix tiveram seus preços analisados e comparados. Além destes, os açougues Recanto das Carnes (Paulo Barbosa) e Vitrine (Prudente Aguiar) também foram sondados. O preço médio de todos os estabelecimentos, ainda que alto, não sofre grande variação. Entretanto, alguns produtos apresentam uma grande discrepância de valor entre os estabelecimentos. Uma das variações mais significativas foi no quilo do contrafilé, que oscila entre R$29,99 e R$ 42,90 – uma diferença de 43% entre o mesmo produto.

    “Isso é absurdo e anormal. Como se faz para comprar carne a preço de R$ 33 o quilo, ganhando apenas um salário-mínimo? Insuportável esta situação”, declarou a professora Márcia Barros. “Eu não entendi nada, inclusive estou me perguntando como isso aconteceu. Por que aumentar tanto assim de uma vez?”, questionou a aposentada Maria Aparecida Ribeiro, de 62 anos.

    Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o principal motivo dos altos valores é o aumento das exportações das carnes para China, Rússia e Emirados Árabes, o que afeta diretamente o bolso do consumidor. Além disso, o órgão alega que este é o período de estiagem mais longo em 2019, e isso deixou o pasto seco, fazendo com que o gado não engordasse. A situação colocou ainda mais pressão no mercado.

    “Agora vai ser preciso equilibrar. Esperava que fosse ficar um pouco mais caro nesse fim de ano, mas não que fosse para tanto. O jeito agora vai ser comprar em menor quantidade, ou comprar uma carne mais barata. O que não podemos é continuar pagando esse preço abusivo”, afirma a dona de casa Carla Félix Machado, de 39 anos.

    “É muito estranho que em um dos melhores mercados da cidade, o contra filé esteja custando R$ 42 o quilo. Não comprei, e provavelmente nunca mais vou comprar. A gente trabalha demais, ganha pouco, não tenho luxo algum. É inacreditável sermos obrigados a pagar esse tipo de preço”, disse a psicóloga Mirian Carvalho, de 44 anos.

    Veja os preços (tabela de quarta-feira (27):

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