• Aumento das crises alérgicas na estação das flores

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  • 09/10/2016 07:00

    A primavera, que começou oficialmente no dia 22 de setembro, é conhecida como a estação das flores, mas também das alergias respiratórias. É comum nesse período o registro de aumento no número de pacientes que buscam atendimento nos consultórios médicos. Entre os meses de maio a outubro essas patologias alérgicas respiratórias aumentam em 40% nos atendimentos.

    De acordo com o Dr. Carlos Augusto Ferreira de Araújo, professor responsável pela Disciplina de Otorrinolaringologia da FMP/Fase, as queixas mais comuns são obstrução nasal, coriza aquosa abundante e tosse rebelde.

    “Em Petrópolis, estes casos são muito comuns devido ao aumento do mofo e o choque térmico, que é uma grande oscilação de temperatura no mesmo dia de mais de 10ºC”, afirma Dr. Carlos Augusto.

    Ainda de acordo com Dr. Carlos Augusto, algumas medidas que são comuns agravam as crises. “Manter a casa muito fechada sem arejamento, casas com carpete, animais domésticos de pelo dentro de casa, cães e gatos, uso de artigos de limpeza com odores muito intensos e ainda uso de perfumes”.

    Os primeiros sintomas de início de uma crise alérgica são: obstrução nasal, rinite aquosa, cefaleia frontal e tosse rebelde. “Nesses casos, o paciente deve, o mais breve possível, procurar um profissional e não se automedicar, pois complicações mais graves podem acontecer como laringo-traqueites e pneumonias. A dica é marcar uma consulta com um otorrinolaringologista para exame e diagnostico da alergia respiratória. No momento existem excelentes medicamentos para controlar essas doenças e também quando indicado o uso de vacinas”, explica Dr. Carlos Augusto.

    Mas, a primeira medida a ser tomada por um portador de alergia respiratória é fazer um controle do ambiente. “Também devem ser realizadas lavagens nasais com soro fisiológico. Essa medida pode minimizar a doença”.

    Ainda de acordo com Dr. Carlos Augusto, os pais devem ficar atentos às crises em crianças. “A crise alérgica em criança costuma se confundir com um resfriado comum. Crianças que ficam resfriadas com muita frequência devem procurar um otorrinolaringologista para o diagnóstico de certeza”.

    De acordo com a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), 25% da população brasileira enfrenta esse problema. Outro fator que contribui para o aumento de casos é a temperatura, que deve oscilar entre frio e calor durante a primavera deste ano.

    “Minha crise afeta a respiração e me irrita os olhos, deixando-os lacrimejando e coçando o tempo inteiro. Começa sempre que muda o tempo. O ruim da primavera é que, além da mudança da temperatura, essa é a estação das flores, o que me prejudica ainda mais quando estou próxima às árvores que florescem e exalam cheiros um pouco mais fortes. Isso acontece porque também tenho alergia a cheiro, bom ou ruim, e não consigo me acostumar com determinadas plantas. No inverno, meu problema é com o clima seco, na primavera é com o cheiro das plantas. Já tive que retirar uma árvore decorativa por recomendação médica”, disse a jornalista Gabrielle Freitas.

    Mãe da pequena Valentine, de dez meses, Roberta Bertelli afirma que a bebê sofre com as oscilações na temperatura. “Valentine começou a crise alérgica há alguns dias, após retornarmos de uma viagem ao Piauí. Enfrentamos quase cinco horas de avião, depois de quatro dias sob uma temperatura de 40ºC no Piauí, fomos recebidas em Petrópolis com congelantes 11ºC graus. A tosse começou de imediato. Os bebês adoecem e as mães enlouquecem. Eu sempre curti esse climinha nosso, mas, agora, depois da pequena, não vejo a hora de chegar logo o verão”, contou Roberta.


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